OLHOS POSTOS EM PIMENTA E MAIS SETE
Canoagem portuguesa é uma das principais esperanças para Tóquio: Pimenta persegue a medalha que lhe falta e K4 quer surpreender
Limiano do Benfica encabeça o maior contingente da modalidade nos Jogos Olímpicos, mas mesmo com cinco canoístas acima dos 30 anos esta não será a despedida da geração de ouro
Principal fornecedora de pódios para Portugal em mais de uma década, incluindo uma prata olímpica (Londres’2012), a canoagem portuguesa voltará a estar no centro das atenções nos Jogos de Tóquio, para os quais se apresenta com a maior comitiva de sempre, igualando os oito atletas que foram a Barcelona’1992 e ao Rio’2016. Tal como no Brasil, a equipa nacional é formada por um atleta do slalom e sete da velocidade, ainda que, desta vez, não haja representantes nas canoas. “Temos à partida dois barcos com condições de lutar pelas medalhas. Não sabemos se vamos conseguir, mas eles lutarão por isso”, disse a O JOGO o diretor técnico nacional, Ricardo Machado, referindo-se ao K1 1000 metros e ao K4 500. Se as duas embarcações chegarem ao pódio, o objetivo contratualizado entre Comité Olímpico de Portugal e o governo fica logo atingido...
Não falhando um pódio na distância olímpica desde o infortúnio no Rio de Janeiro, Fernando Pimenta volta a perseguir a única medalha que lhe falta entre as 104 que conquistou na carreira. Ao longo do ciclo, em que foi tricampeão europeu e campeão mundial, o limiano do Benfica viu surgirem novos adversários, entre eles o húngaro Balint Kopasz, apenas 10.º há cinco anos, mas atual campeão do mundo. “O Fernando tem de estar ao melhor nível para atingir um bom resultado e ele sabe disso”, concordou Machado. Já em relação ao K4, o dirigente lembrou que “evoluiu imenso nos últimos dois anos”. A equipa completa-se com duas canoístas em provas individuais. “Os casos de Teresa e Joana são mais difíceis, pelo histórico dos últimos anos, mas tudo é possível”, diz.
A maioria da atual geração de ouro está acima dos 30 anos, mas para o responsável técnico, “este grupo ainda terá algo mais para dar à modalidade e ao país, incluindo Emanuel Silva”, que vai para a quinta participação nos Jogos e... pode não ficar por aqui!