“O Diogo Costa e o Rui Silva têm um futuro promissor”
Um dos lamentos de Carlos Pires é a tímida aposta dos clubes nos guarda-redes portugueses, exortando a FPF a dar mais atenção à questão. Atualmente, há dois que lhe merecem elogios
Carlos Pires reclama mais atenção para os guarda-redes portugueses desde que começam a formação.
A I Liga teve poucos portugueses como habituais titulares na baliza. Aposta-se pouco nos nossos guarda-redes?
—Sim, que me lembre só jogaram o Bruno Varela (V. Guimarães), o Marco (Santa Clara), o António Filipe (Nacional), este na segunda parte da época, e o Beto (Farense). É uma pena, não se valoriza o guarda-redes português e a FPF devia olhar para isso com atenção. É preciso começar a fazê-lo logo na formação, onde não se trabalha como seria desejável. Os miúdos que saem da formação não têm espaço e, ainda por cima, a pandemia deixou-os sem treinar durante um ano e meio.
Quais os guarda-redes portugueses que podem brilhar futuramente, inclusive na Seleção?
—Temos o Diogo Costa, do FC Porto, e o Rui Silva, que saiu agora do Granada para o Bétis. São muito interessantes, com um futuro promissor.
E a nível internacional, quem são os melhores e os mais promissores?
—O Mike Maignan, meu guarda-redes no Lille que esteve no Europeu, o Oblak, que treinei no Beira-Mar quando ele tinha 16 anos, e o Donnarumma. No Milan, o Mike vai crescer e acredito que será um dos melhores do mundo. Trabalha bem, é muito metódico, concentrado e lê bem o jogo. A jogar com os pés é do melhor que já vi: mete bolas a 50 metros com qualquer dos pés. Vai ser o sucessor do Lloris na seleção francesa.
Mike Maignan foi o guardaredes da Ligue 1 que esteve mais jogos sem sofrer golos: 21. O guardião do Lille mudouse, agora, para o Milan
Carlos PIres chegou a ser apontado ao AlHilal, de Leonardo Jardim, mas tem mais um ano de contrato com o Lille e quer cumpri-lo