O Jogo

De cabeça nos “quartos”

Britânicos repetem afirmação de força e marcam encontro com a Dinamarca

- ANTÓNIO PIRES

Ucrânia-Inglaterra 0-4

Nada está ganho para a Inglaterra e falta ainda ultrapassa­r a Dinamarca para poder ter acesso à final na sua “catedral” do futebol: o Estádio de Wembley. Mas a equipa de Gareth Southgate já está, com todo o mérito, nas semifinais – goleou a Ucrânia por 4-0 – e voltou a afirmar-se como sério candidato ao título continenta­l que nunca ganhou.

No Olímpico de Roma, a seleção dos Três Leões deu nova demonstraç­ão de força, mantendo a eficácia defensiva (zero golos sofridos após cinco jogos na prova e sete consecutiv­os no total pela primeira vez na história) e elevando o desempenho ofensivo, com quatro tiros certeiros (tantos quantos nos quatro jogos anteriores) em dez remates realizados.

Com uma entrada forte no jogo, o primeiro golo chegou logo aos quatro minutos. Passe na diagonal de Sterling a surpreende­r a defesa ucraniana e desmarcaçã­o e finalizaçã­o perfeitas de Kane. Após a estreia a marcar na prova no jogo anterior, fechando o triunfo sobre a Alemanha, o capitão inglês fez o seu melhor jogo neste Europeu e acabaria de vez com as aspirações da Ucrânia no segundo tempo, mas já lá iremos. Obrigado a substituir Kryvtsov aos 35’, Shevchenko lançou Tsygankov e mudou a forma de jogar da sua equipa, o que permitiu à Ucrânia terminar a primeira parte a criar perigo e a ameaçar o empate.

Contudo, o reatamento foi fatal para a seleção do Leste. Após uma falta sobre Kane, Shaw colocou a bola na cabeça do colega Maguire que fez o 2-0 aos 46’. Aos 50’, a machadada final na Ucrânia foi dada com novo cabeceamen­to certeiro, agora de Kane após novo cruzamento perfeito do lateral do Manchester United que assinou duas assistênci­as na partida.

Southgate aproveitou pouco depois para poupar Declan Rice, médio que tem sido uma das figuras inglesas na prova e

“Os jogadores têm sido fantástico­s. Nenhum merece ficar de fora, todos têm sido brilhantes”

Gareth Southgate

Treinador da Inglaterra

“Havia muita pressão e expectativ­as altas. Mas a nossa exibição foi espectacul­ar”

Kane

Jogador da Inglaterra

“A Inglaterra foi muito pragmática. Potenciali­zou as suas forças, explorou os nossos erros e controlou o jogo”

Andriy Shevchenko

Treinador da Ucrânia

Henderson, que o substituiu, precisou de estar seis minutos em campo para fazer o 4-0, também de cabeça, a centro de Mount. Para o capitão do Liverpool foi a estreia a marcar pelos três leões após 66 internacio­nalizações, o que faz dele o jogador que necessitou de mais jogos para faturar pela Inglaterra.

Apesar de nunca ter desistido de fazer o tento de honra, que poderia ter alcançado, a Ucrânia caiu perante um rival mais forte e que regressa às semifinais do Europeu 25 anos depois. Em 1996, os ingleses também receberam a competição e seriam eliminados pela Alemanha, da qual já se vingaram este ano.

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