Números que explicam a surpresa
Patrik Schick será, provavelmente, a principal revelação deste Euro’2020. É verdade que o ponta-de-lança checo não é exatamente um desconhecido, mas os tempos em que apareceu a brilhar na Sampdoria (Itália) para a Roma pagar 42 milhões de euros por ele, perderam-se pelo caminho, pelo que esta é uma montra muito importante para que o jogador retome o caminho dos maiores clubes europeus. Schick tem apenas 25 anos e vai bem a tempo. Neste europeu já marcou do meio-campo, de penálti, de pé esquerdo na grande área, de pé direito e de cabeça. Cinco golos. E joga quase sempre sozinho no ataque de uma Chéquia que tem carregado às costas. Números ao nível do que não fez nos últimos anos. Os que ao lado apresentamos, da última época da Bundesliga, são sintomáticos em relação ao que escrevemos e ilustram a carreira de Schick: muitas promessas, estatísticas bem interessantes, mas longe dos melhores da Europa. Na Bundesliga foi francamente inferior à maioria dos avançados das outras equipas de topo, André Silva (que quase não jogou no Europeu) incluído. Em nenhum ranking se situou a um nível com muito destaque, apesar dos 9 golos marcados em “apenas” 20 titularidades. Este Europeu é a vitamina de que precisava para se apresentar em Leverkusen com confiança e moral. Ou, quem sabe, para saltar já para o nível que vai prometendo, mas só na seleção consegue.