O Jogo

Um bom teste para… Matheus

Algarvios deram muito o que fazer ao guardião dos minhotos

- PEDRO ROCHA

Os tiques de equipa grande do Farense, da II Liga, foram um problema constante para o Braga em mais um jogo de preparação que terminou sem golos. Depois da igualdade, com mais pólvora seca do que tiros certos, frente ao Estrela, já em terras algarvias, esperava-se bem mais da equipa comandada por Carlos Carvalhal, mas o adversário revelou-se um duro quebra-cabeças, dividindo a posse de bola e oportunida­des, na primeira parte, e depois tornando-se quase insuportáv­el para a defesa a três dos minhotos. Pode mesmo dizer-se que o empate soou a lisonjeiro para o Braga, porque a verdade, dura e crua, é que o Farense chegou a fazer mais pela vitória e teve duas bolas nos ferros - num desvio de cabeça inadvertid­o de Paulo Oliveira e num remate de Fabrício Isidoro. Do princípio até ao fim, houve, porém, muito Matheus na baliza dos arsenalist­as, e disso também vivem as equipas que triunfam nos grandes momentos, como será a Supertaça, agendada para 31 deste mês, frente ao Sporting.

Até lá, Carvalhal ainda tem tempo suficiente para escolher as melhores opções e olear convenient­emente a máquina, mas dois jogos de preparação consecutiv­os sem golos devem dar que pensar, até porque Mario González, um dos melhores especialis­tas na matéria, estava lá e manifestam­ente não dispôs de oportunida­des claras para marcar. É verdade que essa até foi a sina do ponta de lança espanhol enquanto represento­u o Tondela, mas o contexto agora é outro, ou devia ser, e o Braga só poderá tirar partido dele se o alimentar bem pelas alas. Ora, isso foi acontecend­o muito aos soluços, ao mesmo tempo que a equipa viase e desejava-se para travar as investidas velozes de Vasco Lopes, Madi Queta, sempre bem acompanhad­os por um meio-campo robusto e muito elástico. Ricardo Horta e Fábio Martins raramente conseguira­m passar das ameaças às ações efetivas e Roger, o menino de 15 anos que tanto tem encantado Carvalhal, teve mesmo de sair de cena para dar o lugar à figura que tão bem imita: Galeno. Curiosamen­te, o Braga só mostraria as garras com a posterior entrada de Vítor

Oliveira, que só não faturou porque Ricardo Velho, um ex-guardião do Braga, resolveu fazer uma defesa... à Matheus.

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Castro fez parte do meio-campo inicial dos bracarense­s, em articulaçã­o com Al Musrati

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