O Jogo

OS 17 ELEITOS FAZEM SONHAR

Pré-convocatór­ia de 20 jogadores passou a 17 e não a 15, porque a regra olímpica mudou e facilitou a vida ao selecionad­or

- PAULA CAPELA MARTINS

São 15 os jogadores a utilizar. Manuel Gaspar e Leonel Fernandes são reserva. A seleção parte hoje de Lisboa (12h05) e tem 16 horas de viagem até Tóquio, onde no dia 21 tem um jogo de preparação

O andebol tornou-se a primeira modalidade de pavilhão portuguesa a apurar-se para os Jogos Olímpicos e o entusiasmo em torno da seleção cresce, alimentado pelo discurso positivo do treinador Paulo Jorge Pereira, que fez história e continua a sonhar alto, agora com um pódio olímpico. Para Tóquio anunciou ontem a convocatór­ia final de 17 jogadores, que além de já ter deixado de fora André José, de 20 anos (central do ABC, que vai para o Sporting), abdicou de Gilberto

Duarte (lateral esquerdo do Montpellie­r) e de Diogo Silva, de 23 anos (lateral direito do FC Porto). A saída dos dois jovens internacio­nais (André José estreou-se na seleção) era expectável e, de certa forma, a de Gilberto Duarte também, consideran­do as lesões que têm afetado o meia-distância de 31 anos e o facto de ter sido muito pouco utilizado nos jogos de preparação.

Inicialmen­te, as regras olímpicas impunham apenas de 14 jogares e um de reserva, mas agora mudaram e permitem 17 convocados: 15 e dois de reserva (Manuel Gaspar e Leonel Fernandes ficam fora do complexo desportivo, mas podem integrar os treinos).

“Da lista de 20 viajam 17, o que é uma boa notícia. O grupo só tem um extremo esquerdo. Levamos quatro pivôs e temos de sacrificar um posto. Temos perto o Leonel, caso aconteça alguma coisa, mas não vai acontecer”, disse o selecionad­or Paulo Jorge Pereira, lembrando que Portugal “fez um Europeu e um Mundial

com quatro pivôs, porque os defensores centrais também são pivôs, embora se esteja a tentar habilitar outro jogador ao centro”.

“Este é o grupo que nós entendemos que melhor representa Portugal neste momento, tendo em conta os constrangi­mentos impostos pela organizaçã­o”, frisou o técnico, preocupado com o jet lag: “Esta semana fizemos uma adaptação de horários, em que em cada dia fomos roubando meia hora: hoje [ontem], por exemplo, tomámos o pequeno almoço antes das sete e fizemos o treino às oito e meia. Houve um antecipar dos acontecime­ntos ao longo a semana. Vamos ter de sofrer um pouco lá. Vamos tentar que a pouco e pouco todos entrem na hora de Tóquio”.

Ao olhar para o grupo e para o primeiro adversário, o treinador, que leva 60 jogos ao comando da Seleção Nacional, somando 34 vitórias, quatro empates e 22 derrotas, considerou: “Vamos tentar preparar esse jogo o melhor possível. O Egito tem um modelo muito sólido e pode ganhar a qualquer seleção; foi eliminado no Mundial pela Dinamarca nos penáltis”. Para Paulo Jorge, que mudou a seleção, o aspeto mental tem um papel crucial. “Sem isso não temos nada. É importante a forma como olhamos para os adversário­s e como nos vemos a nós próprios quando competimos”. Dito isto, reforçou: “Somos novos nisto mas temos ambição”, mantendo o foco: “Chegar à Aldeia Olímpica vai ser diferente, mas depois não pensamos na história mas nos jogos e em ganhar”.

“Este é o grupo que nós entendemos que melhor representa Portugal neste momento, tendo em conta os contrangim­entos impostos pela organizaçã­o”

“Esta semana fizemos uma adaptação de horários, em que em cada dia fomos roubando meia hora”

“É importante a forma como olhamos para os adversário­s e como nos vemos a nós próprios quando competimos”

Paulo Jorge Pereira selecionad­or nacional

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NO DIA 21, FRENTE À ARGENTINA, PORTUGAL FARÁ O QUARTO JOGO DE PREPARAÇÃO, DEPOIS DE BRASIL E ESPANHA (DOIS)

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