CMVM investiga SAD encarnada
Novo aviso ao Benfica: regulador avalia infrações contra o mercado e protege investidores
O polícia da bolsa portuguesa adianta que continuará a “acompanhar a evolução de qualquer aspeto do qual possa resultar a necessidade de prestação de informação adicional ao mercado”
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a investigar infrações em torno das ações da S AD do Benfica, refere o comunicado divulgado ontem pelo regulador do mercado de capitais.
“Os eventos das últimas semanas evidenciam infrações passíveis de fazer perigar a integridade do funcionamento do mercado decapitais e a proteção dos dores, nomeadamente na divulgação de informação ao mercado e de abuso de informação, as quais continuarão a ser investigadas ”.
Face às referidas evidências, a CMVM promete continuar“a acompanhar a evolução de qualquer aspeto do qual possa resultar a necessidade de prestação de informação adicional ao mercado”, com o objetivo de zelar pela integridade do funcionamento do mercadodecapitais, em defesa dos investidores .“Depois de se terem tornado do conhecimento público indícios de irregularidades diversas, suscetíveis de afetar a Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD (Benfica SAD), de impactar o seu governo societário e de criar opacidade sobre a
“Os investidores devem ponderar a oportunidade de investimento oferecida” Comunicado CMVM
composição da sua estrutura acionista, a CMVM diligenciou no sentido de que as partes interessadas assegurassem a disponibilização ao mercado de toda a informação relevante de que tivessem conhecimento, com vista a garantir condições mínimas de negociabilidade dos valores mobiliários”.
O organismo vincou que estes eventos emergiram após a aprovação de um prospeto referente a uma oferta pública de subscrição de obrigações da SAD, que visa captar até 35 milhões de euros, atualmente em curso, e que, “em virtude dos mesmos, o seu conteúdo ficou desconforme com as exigências de qualidade de informação aplicáveis” em Portugal.
Assim, “depois de minimamente estabilizadas as implicações imediatas dos referidos indícios foi aprovada uma adenda ao prospeto pela CMVM, que reflete a informação disponível à data”, especificou.
A entidade frisou que, a sua intervenção, com a aprovação de uma adenda, “assenta num juízo de aferição das exigências de completude, veracidade, atualidade, clareza,e licitude da informação que o emitente deve disponibilizar aos investidores, à luz das informações disponíveis, sem que a mesma implique,contudo, uma apreciação quanto à situação económica ou financeira do emitente ou à viabilidade da oferta”.
Por isso, frisou ,“os ponderar adequada mente, perante a informação constante do prospeto e da adenda, a oportunidade de investimento oferecida, bem como a sua disponibilidade para suportar, num cenário adverso, os riscos inerentes a esta oferta, como, de resto, em qualquer outro investimento ”.