O Jogo

CMVM investiga SAD encarnada

Novo aviso ao Benfica: regulador avalia infrações contra o mercado e protege investidor­es

- SÉRGIO ANDRÉ

O polícia da bolsa portuguesa adianta que continuará a “acompanhar a evolução de qualquer aspeto do qual possa resultar a necessidad­e de prestação de informação adicional ao mercado”

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliário­s (CMVM) está a investigar infrações em torno das ações da S AD do Benfica, refere o comunicado divulgado ontem pelo regulador do mercado de capitais.

“Os eventos das últimas semanas evidenciam infrações passíveis de fazer perigar a integridad­e do funcioname­nto do mercado decapitais e a proteção dos dores, nomeadamen­te na divulgação de informação ao mercado e de abuso de informação, as quais continuarã­o a ser investigad­as ”.

Face às referidas evidências, a CMVM promete continuar“a acompanhar a evolução de qualquer aspeto do qual possa resultar a necessidad­e de prestação de informação adicional ao mercado”, com o objetivo de zelar pela integridad­e do funcioname­nto do mercadodec­apitais, em defesa dos investidor­es .“Depois de se terem tornado do conhecimen­to público indícios de irregulari­dades diversas, suscetívei­s de afetar a Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD (Benfica SAD), de impactar o seu governo societário e de criar opacidade sobre a

“Os investidor­es devem ponderar a oportunida­de de investimen­to oferecida” Comunicado CMVM

composição da sua estrutura acionista, a CMVM diligencio­u no sentido de que as partes interessad­as assegurass­em a disponibil­ização ao mercado de toda a informação relevante de que tivessem conhecimen­to, com vista a garantir condições mínimas de negociabil­idade dos valores mobiliário­s”.

O organismo vincou que estes eventos emergiram após a aprovação de um prospeto referente a uma oferta pública de subscrição de obrigações da SAD, que visa captar até 35 milhões de euros, atualmente em curso, e que, “em virtude dos mesmos, o seu conteúdo ficou desconform­e com as exigências de qualidade de informação aplicáveis” em Portugal.

Assim, “depois de minimament­e estabiliza­das as implicaçõe­s imediatas dos referidos indícios foi aprovada uma adenda ao prospeto pela CMVM, que reflete a informação disponível à data”, especifico­u.

A entidade frisou que, a sua intervençã­o, com a aprovação de uma adenda, “assenta num juízo de aferição das exigências de completude, veracidade, atualidade, clareza,e licitude da informação que o emitente deve disponibil­izar aos investidor­es, à luz das informaçõe­s disponívei­s, sem que a mesma implique,contudo, uma apreciação quanto à situação económica ou financeira do emitente ou à viabilidad­e da oferta”.

Por isso, frisou ,“os ponderar adequada mente, perante a informação constante do prospeto e da adenda, a oportunida­de de investimen­to oferecida, bem como a sua disponibil­idade para suportar, num cenário adverso, os riscos inerentes a esta oferta, como, de resto, em qualquer outro investimen­to ”.

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CMVM pronunciou-se sobre ações da SAD na sequência da operação “Cartão Vermelho”

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