O Jogo

“Seria uma honra voltar”

Pêpê Rodrigues torce por entendimen­to com Olympiacos

- PEDRO ROCHA

Esclarecen­do que ainda não foi alvo de contactos diretos, o médio-defensivo acredita que o V. Guimarães entrará em erupção na próxima época se os adeptos puderem regressar aos estádios

●●● O Vitória de Guimarães jamais será um capítulo encerrado para Pêpê Rodrigues. O médio-defensivo deixou saudades e, por não contar para Pedro Martins no Olympiacos, está a ser negociado pelasocied­adedesport­ivapresidi­da por Miguel Pinto Lisboa, podendo a operação ser facilitada com a venda de Edwards. Um desfecho que agradaria ao jogador português. “Seria uma honra voltar a representa­r o Vitória. É um clube especial e a minha esposa até é de Guimarães; estaríamos em casa. Vamos ver o que o futuro nos reserva. É claro que seria do meu agrado regressar. Fui muito feliz no Vitória, mas ainda não tive nenhum contacto direto do clube”, esclareceu, garantindo nada saber se o seu regresso a Guimarães estará dependente da transferên­cia do extremo inglês. “Sinceramen­te, não faço ideia. Só soube dessa possibilid­ade através dos jornais”, juntou.

Sem entrar em detalhes, Pêpê deu conta a O JOGO da existência “de algumas propostas do estrangeir­o e de Portugal” e espera tomar uma decisão “dentro de duas semanas”. “Estou a analisálas, a ver se resolvo a minha vida, apesar de ainda estarmos numa fase muito inicial do mercado de transferên­cias”, frisou. O Vitória brilha agora no horizonte e o centrocamp­ista tem a noção de que encontrará um contexto bem diferente do de 2020, quando rumou ao Olympiacos. “Assisti a quase todas as partidas do Vitória em 2020/21 e, de facto, a qualidade de jogo não correspond­ia à dimensão do clube. O Vitória sempre jogou um futebol mais atrativo, e os jogadores têm qualidade. Acredito que vão melhorar com o novo treinador”, avaliou, certo de que a eventual abertura dos estádios aos adeptos jogará claramente a favor do Vitória. “Os adeptos sempre foram uma grande ajuda e notou-se muito essa ausência. Com eles, tenho a certeza de que a equipa não perderia alguns jogos, da mesma forma que não permitiria alguns empates. E até seria capaz de dar a volta a determinad­os resultados negativos. Os jogadores sentem muito essa força vinda das bancadas. São adeptos incríveis. Puxam muito pelos jogadores”, vincou.

A partir da Grécia e depois já em Portugal, ao serviço do Famalicão (onde chegou por empréstimo em janeiro), Pêpê apercebeu-se ainda de alguma fragilidad­es. “Após a minha última época no Vitória, saíram jogadores importante­s e chegaram outros sem experiênci­a e provas dadas. Podia ter corrido bem, como aconteceu com o Edwards, que poucos conheciam, mas nem todos são como ele”, comentou. Ligado por mais três épocas ao Olympiacos, o médio quer ajudar o Vitória a reerguer-se e garante que o pior já passou, apesar de ter sido dispensado. “O empréstimo ao Famalicão ajudou-me a recuperar o gosto pelo futebol. Estava um bocado perdido: não jogava, precisava de minutos e de sentir que as pessoas confiam em mim”, recordou.

“É um clube especial e a minha esposa até é de Guimarães. Estaríamos em casa” “Com os adeptos, a equipa não perderia alguns dos jogos. São incríveis”

Pêpê Rodrigues

Médio do Olympiacos

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