Religião pesou na saída de Marega
Avançado maliano admitiu que a proposta do Al Hilal foi “tentadora”, mas que a família manifestara vontade de viver num país islâmico
Os cinco anos no FC Porto foram “fantásticos” para o maliano, mas chegara o desejo de mudar de ares. Com o futuro na mão, explica, “tinha de decidir rápido para não condicionar a transferência”
Foram 191 jogos pelo FC Porto em “cinco anos extraordinários”, antes de uma saída essencialmente motivada por razões pessoais. Assim se explica Moussa Marega, numa entrevista concedida ao Al Hilal, emblema da Arábia Saudita que o contratou a custo zero, no fim de 2020/21. “Queria ter outra experiência, mudar de vida, de continente e de destino. Eu e a minha família queríamos viver noutro lugar, especialmente num país islâmico”, esclareceu o avançado, sem deixar de reconhecer que a proposta do novo clube foi “tentadora”. A equipa, agora orientada por Leonardo Jardim, não foi a única a sondar Marega, mas foi como se tivesse adivinhado o que estava nos planos do jogador. “O meu agente disse-me que havia uma oferta da Arábia Saudita e perguntou-me se estava interessado. Uma ou duas semanas antes, tinha falado com a minha esposa sobre o futuro e sobre a possibilidade de irmos para um país islâmico, porque somos muçulmanos”, acrescentou o ponta-de-lança.
Marega tornou oficial a transferência para a Ásia a 9 de maio, atitude que lhe custou as últimas três jornadas do campeonato. Dias antes até tinha sido titular na deslocação ao Benfica, mas a partir daí não voltou a ser utilizado por Sérgio Conceição. Porém, o jogador de 30 anos justificou a ação com o facto de “ficar livre” e ter de “tomar uma decisão”. “Tinha de decidir rapidamente o meu futuro para estar preparado para dar o próximo passo e, também, para evitar lesões que pudessem condicionar a transferência”, indicou.