O Jogo

“Sérgio aprecia Reinildo”

Marega queria país viver “num islâmico”

- José Fonte, central do Lille, admite conversa com o treinador do FC Porto sobre o colega

Extremo de formação “desviou” Wilson para a esquerda e tem dado continuida­de aos bons sinais que deixou no final de 2020/21. Secretário explica as especifici­dades do recuo na posição

A adaptação de João Mário ao lado direito da defesa é um processo com sinais cada vez mais positivos, de tal forma que acaba por dar algum fôlego ao FC Porto... no reforço da lateral esquerda. São duas situações independen­tes, mas ligam-se pela versatilid­ade dos jogadores em questão: com João Mário a dar garantias à direita, Sérgio Conceição

pode desviar Manafá para o lado contrário, sem que Zaidu fique como única opção. Lateral-esquerdo já não é a posição principal de Wilson, mas a experiênci­a na tarefa e a segurança que transmitiu no passado faz com que o treinador confie nele. Contratar um lateral canhoto, sublinhese, ainda se mantém como uma prioridade no mercado. Contudo, face a este contexto, a SAD ganha alguma margem de manobra. De resto, falta pouco mais de um mês para o fim das inscrições e duas semanas para o início da competição, pelo que o mais provável é que as laterais arranquem com quem já estava no Dragão.

De volta a João Mário: está, para agrado de Conceição, a dar continuida­de às boas sensações que deixou na reta final da temporada passada, quando reapareceu na equipa a lateral-direito e logo na visita ao Benfica. Fez a assistênci­a para o empate de Matheus Uribe e já não saiu do lugar nas três jornadas que sucederam, com mais duas assistênci­as e participaç­ão determinan­te noutro golo, além de ter faturado por uma vez. Tanto nesse período como agora, na préépoca, foi sempre Manafá a colocar-se à esquerda. A exceção foi só mesmo diante do Anadia, quando João Mário foi poupado. Nos restantes cinco ensaios, João e Wilson começaram de início em quatro, o último anteontem, frente ao Lille, quando o jogador de 21 anos inventou a jogada do primeiro golo. Falta de rotinas, portanto, estará longe de ser um problema. Ainda há, claro, Carraça e Nanu, mas João Mário está, claramente, uns passos à frente e o primeiro até tem sido testado a médio defensivo, posição de raiz.

Mudança obriga a reaprender sem bola

Passar de extremo a lateral é um mudança comum e não faltam exemplos disso no FC Porto, dos mais recentes aos mais antigos. O próprio Conceição teve essa experiênci­a,

“O mais difícil é o jogo sem bola: alinhar com os centrais, fechar quando a bola está do outro lado e retirar profundida­de”

Carlos Secretário Antigo lateral-direito do FC Porto

com António Oliveira, poucos anos depois de Carlos Secretário. O ex-jogador insta João Mário a “ouvir os conselhos” do treinador e explica os pontos críticos da adaptação. “Tem de estar atento ao posicionam­ento, estar em linha com os centrais, saber fechar a zona central e ajustar quando a bola está do lado contrário, e retirar profundida­de ao adversário”, descreveu Secretário, em conversa com o JOGO. “O posicionam­ento sem bola é o mais difícil de trabalhar e é essencial estar em comunicaçã­o com o central do lado dele. Mas o João Mário é inteligent­e e percebe bem o jogo”, vincou, “impression­ado pela positiva”, mas com um apelo à paciência: “Vai cometer os seus erros, como todos cometem. Mas o que é preciso é jogar”, concluiu.

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