O Jogo

PATRÍCIO NO BAILE DE JOÃO MÁRIO

Vitinha e Francisco Conceição cozinharam o empate

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Dragões foram superiores na maior parte do tempo, à boleia da irreverênc­ia de João Mário. Sofreram um golo na única desatenção defensiva que cometeram, mas ainda tiveram forças para chegar ao empate

José Mourinho tem razões (mais do que suficiente­s) para dormir tranquilo. Se algo o ensaio com o FC Porto demonstrou, é que a Roma acertou no investimen­to de 11,5 M€ em Rui Patrício, uma vez que o guarda-redes português deu um grande contributo para a interrupçã­o da série de vitórias dos dragões nesta prétempora­da. A eficácia que os portistas vinham revelando esbarrou ontem contra o exWolverha­mpton, que travou quase todos os melhores lances de ataque. Na primeira parte, então, foram mesmo todos: um livre direto de Sérgio Oliveira, um remate cruzado de Toni Martínez, um desvio de cabeça de Otávio na sequência de um livre e, especialme­nte, um disparo em zona frontal de Taremi. Entretanto, Diogo Costa foi pouco mais do que um espectador.

Ora, não é difícil perceber que o FC Porto teve mais bola neste período inicial do jogo, até porque a Roma não se estendeu tanto no terreno. Bruno Costa, Otávio e até Pepê surgiram muitas vezes em zonas bem próximas dos centrais para ajudar na construção, feita quase sempre a três, permitindo a Manafá (esquerda) e João Mário (direita) soltarem-se para o ataque. E tal como sucedeu com o Lille, foi por ação do segundo que a equipa de Sérgio Conceição mais problemas causou… até ficar em desvantage­m.

O golo da Roma surgiu num lance de bola parada e, porventura, no único lapso defensivo do FC Porto. Mancini escapou-se a Bruno Costa após um canto e deixou José Mourinho mais satisfeito, até porque, por essa altura (20 minutos iniciais da segunda parte), os romanos estavam melhor e conseguiam condiciona­r os criativos portistas. A vantagem, porém, levou-os outra vez a baixar o ritmo, quebrado por uma confusão entre Bruno Costa, Pepe e Mkhitaryan, da qual os azuis e brancos saíram por cima. Conceição introduziu dois agitadores para os flancos (Francisco e Luis Díaz), a equipa ganhou novamente ascendente e conseguiu chegar ao empate por Vítor Ferreira. Taremi ainda teve a vitória nos pés nos descontos, mas atirou ao lado. Seja como for, o jogo forneceu indicações positivas. E se a eficácia tivesse sido outra, a nota do teste também seria outra.

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Rui Patrício foi um muro quase intranspon­ível para os portistas

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