O Jogo

“Entrei logo com o pédireito”

A caminhada da central no Benfica começou com a conquista da Supertaça, em 2019, e seguiram-se outros momentos triunfante­s que culminaram com a renovação de contrato até 2024

- FILIPA MESQUITA

A ambição de agarrar um lugar na Seleção Nacional é um dos objetivos de Ana Seiça, e a mudança para o Benfica foi, assume sem hesitar, um momento “muito feliz” e o “realizar de um sonho”

No dia 8 de setembro de 2019, em Tondela, o Benfica defrontou e venceu o Braga (1-0) no jogo da Supertaça. Esse dia, para Ana Seiça, foi muito mais do que a conquista de um troféu; foi o dia em que vestiu, pela primeira vez, acamisolad­oBenfica.Ummomento marcante numa caminhada que considera ser “muito positiva”.

No jogo de estreia pelo Benfica, ganhar a Supertaça foi um bom presságio...

— Nesse dia tive a oportunida­de de entrar e fazer a minha estreia com a camisola do Benfica. Começar a ganhar é sempre marcante, foi um momento muito especial. Senti que entrei logo com o pé direito. A equipa começou bem e temos evoluído ao longo deste dois anos. Não há nada melhor para um atleta do que ganhar troféus e sentir que evolui.

Começou a jogar futebol feminino no Condeixa e, após essa experiênci­a, surgiu a proposta do Benfica. Como viveu esse momento?

— Senti-me muito feliz por dar o salto e poder representa­r o Benfica. Ter a possibilid­ade de jogar futebol em Portugal ao mais alto nível foi o realizar de um sonho; um passo que sabia que seria grande e, dependendo da minha adaptação psicológic­a e física ao novo contexto, tinha tudo para dar certo, ou não. Felizmente, correu tudo bem.

Além de mudar de clube, também mudou de cidade. O que foi mais complicado nessa fase de transição?

— Custa estar longe da família, mas tive sempre o apoio deles. Senti que era uma coisa que eles também queriam para mim, e ajuda bastante quando sabemos que estamos a fazer algo que a família suporta e apoia. Isso deu-me muita força para continuar e a adaptação acabou por ser muito mais fácil.

Até ao momento, que balanço faz desta passagem pelo Benfica?

— O balanço é muito positivo. Há cresciment­o, há evolução, e há taças, que são o culminar de todo o trabalho, e isso é o melhor prémio para nós.

Quando fala em evolução... que aspetos considera ter melhorado enquanto jogadora?

— Em termos de jogo, evoluí no sentido posicional, na orientação dos apoios e no

jogo aéreo. Além disso, também sinto um cresciment­o no sentido de ter mais confiança e mais visão de jogo. Estes anos têm sido muito positivos para o meu cresciment­o.

Sente que a recente renovação é sinal da confiança que o clube tem no trabalho que a Ana tem desenvolvi­do?

— Sim, claro. O clube, ao querer renovar, significa que os responsáve­is estão contentes, que querem prolongar a nossa passagem. É um sinal de confiança.Um atleta, sentido confiança, também tem de saber retribuir, e isso obriga-nos a trabalhar mais, mas é uma coisa extremamen­te positiva.

Para a nova temporada, que expectativ­as tem a nível coletivo?

— Como costuma dizer-se: ‘ano novo, vida nova’. É para começar do zero. Estamos a trabalhar de forma a ganhar tudo o que podemos ganhar. Em relaçãoàLi­gad os Campeões, oobjetivoé­i roma is longe possível. Estamos no bom caminho e a trabalhar bem. Sabem o soque ganhámos na época passada, estamosfel­izes com isso, mas, agora, temos de começar outra vez do zero.

O futuro também passa por garantir um lugar na Seleção Nacional?

— Claro. Qualquer jogadora portuguesa ao mais alto nível sonha em poder representa­r Portugal. E, claro, faz parte dos meus objetivos e continuo a trabalhar para isso.

“Começar a ganhar é sempre marcante. Foi um momento muito especial. Senti que entrei logo com o pé direito”

“A equipa começou bem e temos evoluído ao longo destes dois anos”

“Senti-me muito feliz por dar o salto e poder representa­r o Benfica. Foi o realizar de um sonho”

“O balanço é muito positivo. Há cresciment­o, há evolução e há taças, que são o culminar de todo o trabalho. Isso é o melhor prémio”

“Sabemos o que ganhámos na época passada, e estamos felizes, mas agora temos de começar outra vez do zero”

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