O Jogo

Há candidatos a suceder a Bolt

Modalidade rainha vai arrancar em Tóquio. Será um desfile de estrelas, algumas portuguesa­s

- AUGUSTO FERRO

Karsten Warholm, nos 400 barreiras, e Armand Dulantis, na vara, são recordista­s mundiais recentes e perfilam-se para suceder a Usain Bolt como rei do Jogos. Portugal terá quatro mulheres no dia 1

Com quatro recordes mundiais esta época, o atletismo de Tóquio’2020 promete muito. Dado o calor e humidade, os resultados mais fantástico­s irão surgir em provas de força e explosão, enquanto nas corridas longas haverá só um objetivo: o ouro.

Se Portugal volta a ter vários candidatos a medalhas, como Pedro Pichardo e Auriol Dongmo – esta a estrearse já amanhã –, dois nórdicos estão na calha para ocuparem o lugar de maior estrela, que foi de Bolt desde 2008: o norueguês Karsten Warholm, nos 400 barreiras, e o sueco Armand Duplantis, na vara. Depois teremos ainda Sydney McLaughlin, Ryan Crouser e Letesenbet Gidey, um trio que se tornou recordista mundial este ano. A valer melhores marcas de sempre, há ainda a triplista Yulimar Rojas, o dardista Johannes Vetter e o barreirist­a Grant Holloway. Todos querem fazer um recital em Tóquio.

Há marcas incríveis em perspetiva, mas causando incómodo a muita gente, devido às novas tecnologia­s nos sapatos. Bolt já veio a terreiro afirmar que a maioria dos atuais resultados são uma fraude e que, com a nova tecnologia, teria feito 9,50 segundos nos 100 metros (o recorde do mundo é de 9,58s). A World Athletics também não está satisfeita e já adiantou que tem uma equipa de especialis­tas a estudar o calçado tecnológic­o. Será que vamos ter no atletismo uma solução radical, como a dos fatos de banho que foram proibidos na natação?

Não são só as modernices que incomodam o homem mais rápido de sempre. O nível dos velocistas do seu país natal também o desilude. Não deverá haver um jamaicano no pódio de 100 e 200 metros, significan­do o fim de uma era na velocidade e no olimpismo. Os americanos, com oito das nove melhores marcas mundiais do ano, só têm no sul-africano Akini Simbine, segundo com 9,84s, uma ameaça. Trayvon Bromell lidera o ranking, com 9,77s, e venceu os trials do seu país. É o favorito.

“O importante para já é qualificar-me, a parte mais difícil”

Patrícia Mamona

Triplo salto

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Patrícia Mamona e Cátia Azevedo divertidas na Aldeia Olímpica

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