O Jogo

“PARTIMOS MAIS FORTES, ESTAMOS MUITO MELHOR”

O Sporting ganhou a Taça da Liga e o campeonato, mas nem assim o discurso reflete uma mudança. Viu a equipa e o clube a crescer, mas considera que não há a experiênci­a e o orçamento dos principais rivais

- RAFAEL TOUCEDO

Na véspera de começar a temporada oficial com a disputa da Supertaça, contra o Braga, Rúben Amorim mostrou-se satisfeito pela evolução da equipa ao seu comando, durante ano e meio.

Como encara uma época mais dura, com mais responsabi­lidade?

—Vai ser uma época mais desgastant­e, um desafio enorme. Vamos jogar competiçõe­s diferentes e teremos mais responsabi­lidades. Mas vamos encarar pelo lado do desafio e não do receio. Tivemos uma época muito boa, com alguns momentos baixos em que fomos eliminados. Há muita cobrança no Sporting, é encarar com entusiasmo. Ganhar o próximo jogo já dá um título. Vamos pensar jogo a jogo.

Abrir com a Supertaça é um teste ao estofo da equipa?

—É importante porque vale um título. Os jogadores têm de crescer, é mais um desafio. Quando chegámos, ficámos em quarto lugar e foi o fim do mundo. Há que crescer com a pressão, é normal. É o passo seguinte, perceber que o Sporting é um clube grande.

O Sporting parte, agora, mais forte que há um ano?

—Sim, parte mais forte que há um ano. Temos no computador o jogo do LASK, vemos um bocadinho e sentimo-nos melhor. O Sporting sem dúvida está muito melhor, temos mais equipa, jogamos melhor. É notório em relação ao ano passado na mesma altura. Se temos estrelinha ou não logo veremos.

Está já ao nível dos rivais?

—Falo em responsabi­lidade por senso comum. Há um ano ninguém dava nada por nós. A responsabi­lidade aumenta. Não estamos a um nível superior, não temos o mesmo orçamento nem a mesma experiênci­a. Temos é um campeonato, uma época de trabalho. Já viram esta equipa fazer coisas boas e as pessoas querem sempre ver todos os dias algo mais, chamo a atenção para isso. Para que não se agarrem a um título e para termos uma rede de apoios e algo correr mal. Há que manter sentido de responsabi­lidade e querer mais.

Depois das dificuldad­es há um ano em alguns jogos, como viu a equipa nesta pré-temporada, sem derrotas?

—Queremos sempre mais. Em alguns jogos tivemos dificuldad­e em marcar, mas fomos o segundo ou terceiro melhor ataque. Houve algumas equipas de volume ofensivo que não marcaram tantos golos. O Lyon veio em estilo de pré-época, mas o Braga vai tapar caminhos. O Lyon deixou muitas situações de um para um quando pressionáv­amos, o Braga vai ser diferente. Não nos vamos iludir. Mas não estávamos tão preocupado­s porque temos uma ideia e há que melhorá-la.

Diz-se que beneficiou da falta de público. E agora, o que espera?

—São rapazes inteligent­es, mas que não viveram isso. Em algunsmome­ntosvamoss­entir assobios, bruás, têm de saber passar por isso. Para lenços brancos e assobios temos de estar preparados num clube grande.

“Não estamos a um nível superior aos rivais, digo para não se agarrarem a um título”

Rúben Amorim

Treinador do Sporting

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