“Sérgio ganhava o Nobel da Paz”
Presidente do FC Porto ironiza com a imagem do treinador e uma eventual troca para Lisboa
Líder portista recorda a mudança de postura em relação a Mourinho para sair em defesa de Conceição. Nuno, diz, identificava-se com o clube, mas não teve sucesso “muito por fruto das arbitragens”
Sérgio Conceição será um dos temas do próximo “Ironias do Destino”, transmitido apenas na segunda-feira, mas o “teaser” que passou ontem no Porto Canal deixou escapar uma defesa de Pinto da Costa ao treinador. O presidente do FC Porto, que tem passado em revista os 39 anos à frente do destino do clube, recorda a forma como José Mourinho passou a ser tratado depois de deixar o Dragão e ironiza com o que poderia suceder se o atual técnico rumasse… a Lisboa. “Quando [José Mourinho] era treinador do FC Porto, toda a gente sabe a perseguição que lhe era feita. Era um arrogante, um malcriado, era insuportável… No dia em que saiu do FC Porto e assinou pelo Chelsea, passou a ser o ‘number one’, já era um ‘gentleman’, um cavalheiro… (…) Se treinasse um clube de Lisboa, de certeza que o Sérgio Conceição ainda iria ganhar o
Prémio Nobel da Paz”, brincou Pinto da Costa, convencidíssimo de que esse cenário seria “muito difícil”, porque acredita que o coração do técnico de 46 anos “não vai mudar de certeza”.
Conceição foi contratado após a saída de Nuno Espírito Santo, que, no entender de Pinto da Costa, teve azar com o período em que orientou os azuis e brancos. “Viria a revelar-se um bom treinador, que se identificava com o clube, porque tinha sido nosso atleta, mas infelizmente também não teve sucesso, muito por fruto das arbitragens, porque foi o célebre tempo dos padres”, sustentou o líder dos dragões, no episódio de ontem, lembrando que o período “ficou conhecido assim pelos emails [do Benfica], porque era assim que os tratavam. Não teve sucesso e, no fim do contrato, decidiu partir para Inglaterra.”
“Nuno não teve sucesso, porque foi o célebre tempo dos padres”
Pinto da Costa
Presidente do FC Porto