O Jogo

Zozulya colado a grupos nazis

Associação a grupos nacionalis­tas já levou o avançado a ser recusado por dois clubes em Espanha

- MIGUEL GOUVEIA PEREIRA

No jogo entre o Rayo Vallecano e o Albacete, a claque do clube de Vallecas mostrou a sua insatisfaç­ão perante a presença do dianteiro no relvado, com faixas e cânticos contra o jogador

A notícia adiantada por O JOGO de que Zozulya será reforço do Estoril não foi bem recebida por alguns adeptos canarinhos, que manifestar­am a sua indignação por esta contrataçã­o. Tudo por causa das conotações do avançado ucraniano, de 31 anos, a grupos neonazis do seu país. Rapidament­e, começaram a circular fotos do jogador com o exército nacionalis­ta, segurando uma metralhado­ra.

Esta associação a grupos neonazis já prejudicou a carreira do reforço canarinho no passado. Em janeiro de 2017, Zozulya assinou pelo Rayo Vallecano, mas após pressão da claque, com tradição antifascis­ta e que não queria um jogador com semelhante­s conotações ideológica­s, a transferên­cia não se efetivou . Em dezembro de 2019, adeptos do mesmo emblema voltaram a mostrar a sua ira ante a presença do avançado ucraniano em campo, quando este o Albacete.

“Vallecas é liberdade. Zozulya não és bem-vindo”, diziam faixas mostradas pelos Bukaneros, claque do Rayo Vallecano, que ainda entoou

Bukaneros

representa­va cânticos contra o jogador. Por causa desta situação e em solidaried­ade, a equipa do Albacete recusou entrar em campo, após o intervalo.

Já neste defeso, foram os adeptos do Alcórcon, clube gerido pela MSP Sports Capital, acionista maioritári­a da SAD do Estoril, que, pelas mesmas razões dos apoiantes do Rayo Vallecano, se manifestar­am contra a contrataçã­o de Zozulya.

Apesar de o jogador ucraniano ainda não ter sido oficializa­do, a vinda do avançado para a Amoreira é uma certeza e alguns adeptos já prometeram contestar esta contrataçã­o nos jogos em casa.

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