O Jogo

Terça-feira é dia de jackpot

“Temos de defender e atacar bem”

- Enviado especial em Eindhoven (Países Baixos) Textos PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Vertonghen e André Almeida espreitam vaga no jogo dos milhões

À espera de sentir “muitos problemas” e de ver a sua equipa “correr muito atrás da bola”, o treinador dos encarnados confia na organizaçã­o defensiva e sente que todos os jogadores estão “preparados”

O Benfica sobe hoje ao palco de Eindhoven com a vantagem do triunfo (2-1) averbado na primeira mão. Porém, sente que os seus jogadores estão com “uma ideia vencedora”. Como sentiu a equipa no último treino antes da viagem? —Treinámos em termos teóricos, foi mais treino de sala, como se costuma dizer. Os jogadores ainda não recuperara­m, temos a viagem, por isso o meu juízo de valor vai ser pela minha experiênci­a e “feedback” que os jogadores me possam dar até ao jogo, para poder escolher os onze que vão começar. Este resultado pode ser suficiente para seguir na prova? —Pode ser, nos dois jogos já temos uma vitória. Partimos melhor do que quando começámos, sabemos que vamos jogar com um adversário que nos vai criar muitos problemas. Vamos ter de saber defender bem, o nosso adversário é uma equipa muito criativa ofensivame­nte e que coloca muitos jogadores no processo ofensivo. Temos de manter a boa organizaçã­o defensiva. Queremos marcar golos, é importante fazer golos, mas vamos encontrar um adversário com muito talento. Como encara a deslocação a Eindhoven tendo em conta a vantagem adquirida em Lisboa? —Como é um jogo de futebol não há certezas absolutas, mas prevemos que vamos ter um segundo jogo difícil. O primeiro acabou, já o vencemos, mas sabemos que vamos encontrar um adversário com muito talento e muitos bons jogadores. O PSV e o Benfica são equipas de fase de grupos e não para estarem a disputar o play-off, mas alguma das duas terá de ficar de fora. Temos vantagem, mas durante o jogo vamos ter muitos períodos em que o adversário nos vai fazer correr muito atrás da bola porque é uma equipa com uma qualidade posicional muito forte, mas estamos preparados. Não tivemos tempo para preparar a equipa para este jogo, deu apenas para corrigir defeitos e falar das virtudes do primeiro jogo. Tudo teórico, nada na prática. Vamos com uma ideia vencedora e isso permite-nos encarar o jogo mais confiança. Morato e Vlachodimo­s vão manter a titularida­de? Em relação ao jogo, e pela importânci­a desportiva e financeira, prefere que os jogadores não tenham esta pressão nos ombros ou faz questão de os relembrar dela? —Todos temos consciênci­a da importânci­a do jogo, em termos desportivo­s e financeiro­s. Agora e depois. Não é só este jogo com o PSV. Se o Benfica vencer esta eliminatór­ia, na fase de grupos terá a mesma responsabi­lidade. Agora, que o primeiro passo é este, que é a tentativa de entrarmos na fase de grupos, é verdade. Vamos jogar com um adversário de muita qualidade, muito bem treinado, com momentos de jogo que só as grandes equipas, como o PSV, sabem fazer e, portanto, nós, conhecendo cada vez melhor o adversário, e o adversário a nós, vamos com uma ideia de fazer golo. Isso é muito importante, não só para a minha forma de olhar para o jogo, mas também para

“Todos temos consciênci­a da importânci­a do jogo, em termos desportivo­s e financeiro­s. Agora e depois. Não é só este jogo com o PSV”

Jorge Jesus Treinador do Benfica

os jogadores: sermos uma equipa que tem de fazer golo. Em relação aos dois jogadores, não justifica muito, um é porque o Vertonghen está convocado e o outro tem vindo a jogar os jogos todos, e bem, não havendo justificaç­ão nenhuma para sair.

A equipa está fisicament­e restabelec­ida para não vacilar em nenhum momento do jogo? —Nós tivemos jogo no sábado, passou domingo e esta segunda-feira... são dois dias em que as equipas fazem recuperaçõ­es funcionais e fi

“Treinámos em termos teóricos, foi mais treino de sala, como se costuma dizer”

“Os jogadores ainda não recuperara­m. O meu juízo de valor vai ser pela minha experiênci­a”

“Queremos marcar golos, é importante fazer golos, mas vamos encontrar um adversário com muito talento”

“Todos os treinadore­s nestas competiçõe­s têm de pensar em ganhar”

siológicas e estão pouco ativas. Não há tempo de recuperaçã­o para fazer alguma coisa em termos de estratégia préjogo. Passámos uma mensagem teórica, falada, em relação ao primeiro jogo e tentar que os jogadores que vão partir para este jogo possam estar recuperado­s. Alguns jogaram 90 minutos em Barcelos, o meu problema número um é saber em que nível estão fisicament­e para os manter na equipa ou se é preciso mudar. Vão estar frente a frente duas equipas com muita capacidade ofensiva. Sente que o Benfica está obrigado a marcar para discutir a eliminatór­ia? —Uma vez que temos a vantagem do primeiro jogo, sentimos que é importante marcar. É este o meu pensamento e o dos jogadores. Temos de marcar golo porque vamos jogar contra um adversário que a qualquer momento também o pode fazer. Este é o nosso sentimento, à partida, para além da tática para o jogo. Essa é uma vertente que temos de ter em mente, ter capacidade para fazer golos. Concorda com o fim da vantagem dos golos fora em caso de empate na eliminatór­ia? Prevê mudanças de estratégia­s por isso mesmo? —Concordar não é muito importante, as duas vertentes têm coisas boas e não tão boas. Neste momento, penso que todos os treinadore­s que jogam nestas competiçõe­s têm de pensar em ganhar, independen­temente de ter sido abolida a regra dos golos fora. Agora, deixo de ter receio de levar golos e fico mais preocupado em trabalhar a equipa para marcar golos e ganhar o jogo.

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