REFORÇOS JÁ ESTAVAM EM CASA
Último dia não trouxe caras novas, mas sim a garantia da permanência de Corona, Díaz e Sérgio Oliveira, jogadores que participaram em mais de 100 golos desde 2019/20
As únicas receitas da SAD portista surgem de negócios efetuados há um ano, quando emprestou, com cláusula obrigatória de compra, Danilo (PSG) e Chidozie (Boavista)
Everton não subiu a parada e o FC Porto estava pouco interessado em vender o colombiano. Milan também não avançou e o mexicano até já se juntou à seleção. Português ficou sem saída
O FC Porto precisava de fazer dinheiro para equilibrar as contas, mas este acabou por ser um do defesos menos proveitosos dos últimos anos, com apenas 21 milhões de euros encaixados. As últimas horas do mercado prometiam ser agitadas, contudo só se registaram os empréstimos de Diogo Leite ao Braga e de Baró ao Estoril, com ambos a renovarem antes de saírem. O central por mais um ano (até 2024) e o médio por mais três anos (até 2026). Corona, Luis Díaz, Sérgio Oliveira, Zaidu e até Manafá alimentaram as notícias, mas todos acabaram por ficar no Dragão e são “reforços” para Sérgio Conceição, a menos que surja uma transferência inesperada para algum dos (poucos) mercados que ainda estão abertos.
No final do encontro com o Arouca, Conceição disse que “nenhum treinador está à espera de perder jogadores, antes pelo contrário, está à espera de se reforçar”. Ora, o encerramento da janela de transferências em Portugal garantiu que nenhum dos habituais titulares saiu, mas também não trouxe caras novas. Por isso, os reforços são os que ficam e a continuidade, sobretudo, de Luis Díaz, Corona e Sérgio Oliveira só pode ser uma boa notícia para o técnico dos dragões. Basta recordar o rendimento deste trio desde 2019/20, que foi quando chegou o colombiano. Os três juntos foram responsáveis por mais de cem golos. Díaz fez 27 e ofereceu 11, Corona marcou sete e assistiu 29 vezes e Sérgio Oliveira faturou 25 e deu 12.
É verdade que, esta época, Tecatito tem estado longe das opções, mas a partir do momento em que o mercado fechou volta a estar em igualdade com os companheiros e o clássico em Alvalade até pode ser o palco do seu regresso. O extremo adiou a viagem para a seleção do México - só ontem é que apanhou o avião - por estar na expectativa de uma mudança para o Milan – depois de gorada a saída para o Sevilha -, mas o seu empresário, Matías Bunge, garantiu ao nosso jornal, ontem de manhã, que as portas de saída estavam fechadas e que Corona iria continuar no FC Porto, onde está a iniciar a sétima época. “O Corona fica. Futuro? Vamos ver o que passa. O ano é longo. O mais importante é que o FC Porto seja campeão”, referiu. O contrato termina já em junho e agora há três caminhos: a saída em janeiro, a saída a custo zero – à semelhança de Marega, Brahimi e Herrera – ou a pouco provável renovação.
Embora alguma Imprensa inglesa e colombiana garantisse que o Everton iria fazer uma última proposta ao FC Porto por Luis Díaz, de 30 milhões de euros, mais o passe de James Rodríguez, a verdade é que à SAD não chegou nada. E esta também não tinha qualquer vontade de negociar um jogador que Sérgio Conceição considerou indispensável, apesar da necessidade de fazer dinheiro para equilibrar mais as contas. A grande Copa América que o colombiano realizou despertou o interesse de vários clubes, contudo o FC
Porto apontou sempre para a elevada cláusula de rescisão – 80 milhões de euros –, valor que foi afastando a concorrência. Sobrou o Everton, embora nunca se tenha mostrado inclinado a abrir os cordões à bolsa.
Finalmente, Sérgio Oliveira que até foi o que esteve mais perto de sair, logo no início do defeso. A Fiorentina ia pagar 20 milhões de euros pelo seu passe, contudo Gattuso “caiu” e o negócio com o FC Porto também. Nas semanas seguintes, o médio ainda foi apontado ao Tottenham, ao Wolverhampton e à Roma, tudo clubes orientados por técnicos portugueses, acabando por ficar. Ontem houve contactos com os romanos, mas sem sucesso. Zaidu tinha o West Ham interessado e Manafá foi apontado a clubes espanhóis, mas ambos sem propostas concretas.