“EM VELOCIDADE PARA DESMANCHAR”
Selecionador reconhece que Portugal tem tudo para ganhar, mas não quer que se pense que o jogo são “favas contadas”
Cristiano Ronaldo e todos os jogadores estão motivadíssimos para representar bem o país, afiança o técnico nacional, relativizando questões sobre recorde de golos ou… sobre Matheus Nunes
Nem seria de esperar outra coisa: Fernando Santos alertou para as dificuldades que a República da Irlanda vai certamente colocar a Portugal, sobretudo em termos de intensidade, pois, como diz o selecionador, “para eles o jogo nunca termina e dão sempre o máximo”. Ainda na Cidade do Futebol, antes de rumar ao Algarve, o treinador destacou o facto de quase todos os jogadores irlandeses disputarem a Premier League. “Não são desconhecidos. Analisámos as suas últimas atuações, perante a Hungria e a Sérvia, nas quais estiveram muito fortes. Não atuam só em ação defensiva e dispõem de avançados que gostam de sair em transição”, vincou, com a certeza de que “o padrão destas equipas britânicas” está bem identificado pela Seleção Nacional.
Assim sendo, o mais importante é ter “o controlo do jogo e a posse de bola”, usando velocidade quanto baste “para desmanchar” o adversário, realça Santos, juntando uns pozinhos de concentração e organização para chegar à vitória. “Acredito que Portugal vai ganhar. Temos a qualidade individual dos nossos jogadores, mas é fundamental sermos equipa”, prosseguiu, sem dar importância ao facto de os irlandeses não terem ainda pontuado. “Os jogos contra as equipas ditas pequenas nunca são favas contadas. Hoje em dia, não é fácil ganhar a quem quer que seja e temos de estar ao nosso melhor nível”.
Fernando Santos foi também questionado sobre os golos de Cristiano Ronaldo mais a sua mudança para o Manchester United. Sendo o mais fleumático possível, o selecionador afiançou que o capitão está “super motivado, como sempre”, e, a respeito de poder bater o recorde de golos, ressalvou que isso é secundário. “Temos de vencer sem pensar em jogadores”, disse, juntando ainda um parêntesis a propósito da situação de Matheus Nunes, que terá recusado a seleção do Brasil para representar Portugal, na sequência, aliás, das observações feitas pelo selecionador ao luso-brasileiro do Sporting. “As questões do quem veio e quem ficou de fora foram tratadas na quinta feira. Agora, só interesse a Irlanda e na próxima convocatória é que poderemos falar disso outra vez”.
O selecionador falou aos jornalistas antes de se conhecer a dispensa de Pedro Gonçalves, por lesão, tendo então destacado que o treino de 50 minutos serviu para fazer “o trabalho possível”. De resto, tudo o mais “é fácil, porque os jogadores estão sempre altamente empenhados, motivados e satisfeitos para representar bem o país”.