“UM QUARTETO BEM PERIGOSO”
Stephen Kenny diz conhecer bem o poder de fogo dos portugueses, sobretudo “os quatro jogadores mais ofensivos”
Estudou bem o combinado de Fernando Santos no Europeu. Diz que Portugal foi infeliz no jogo com a Bélgica, que ditou o afastamento da prova. Mas afirma que não vem a Portugal só para defender
O selecionador irlandês, Stephen Kenny, considera que além de Cristiano Ronaldo há vários outros jogadores lusos a justificarem cuidados especiais, destacando, nesta análise, os “quatro jogadores mais ofensivos e também os laterais, que procuram muito o ataque”, referindo-se a Diogo Jota, Bernardo Silva e Bruno Fernandes como os parceiros de CR7. “São todos perigosos. Temos de defender como um bloco e mostrar qualidade. Mas não podemos só defender, temos de procurar atacar e conseguir fazer uma boa gestão na posse de bola”. Ainda sobre Cristiano e a sua colocação no terreno, o técnico está à espera de tudo e mostrou ter um conhecimento pormenorizado da movimentação do capitão da armada lusa. “Normalmente, é utilizado a nove, sozinho na frente, ou, então, numa dupla, mais descaído para a esquerda, em especial quando o André Silva joga”.
Stephen Kenny disse estar convencido de que “a qualidade de Portugal vai forçar-nos a defender em muitos momentos”, mas não é por isso que deixa de ter confiança nos seus pupilos. “É um grande jogo para nós. Temos jogadores com potencial e estamos a construir uma equipa que tem imenso para progredir”. Embora ainda sem pontos no grupo de qualificação, Kenny acredita que pode recuperar. “Estudámos bem a seleção portuguesa, que seguimos com muita atenção no Euro, mas queremos focar-nos em nós e ter um bom desempenho. Conseguir nove pontos seria brilhante”, confessou, fazendo já contas ao futuro. Para já, a sua preocupação é contrariar o favoritismo de Portugal e “deixar uma boa imagem”.
“Apreciámos Portugal no Euro, especialmente nos jogos espetaculares contra Alemanha e França. Creio que foram infelizes em perder o jogo com a Bélgica, pois jogaram muito bem na segunda metade. É uma equipa muito forte, independentemente do que aconteceu no Euro”. concluiu o responsável técnico dos irlandeses.