O Jogo

Traumas superam-se com vitórias

Mauricio Moreira não contava ser o mais rápido no prólogo, mas assim esqueceu... a Volta

- CARLOS FLÓRIDO

Mesmo sem lhe perguntare­m, Mauricio Moreira falou duas vezes da queda no contrarrel­ógio de Viseu, que lhe custou a conquista da Volta a Portugal. O uruguaio da Efapel ainda não esqueceu o trauma desse dia marcante, mas ontem deu um grande passo para o superar, ao vencer o prólogo do Grande Prémio JN, um contrarrel­ógio de 1,8 quilómetro­s em Gondomar.

“Para mim foi uma alegria, pois o prólogo era muito curto e não estava a contar. Depois do que me aconteceu na Volta, precisava de uma alegria assim, de ganhar novamente”, disparou. O êxito, que lhe permitiu vestir uma camisola amarela perdida à tarde para Joaquim Silva, foi o sétimo da época, terceiro em “cronos”, mas não era previsível num exercício tão curto e que favorecia os sprinters. “Depois do que aconteceu na Volta, corri mais atento e concentrad­o. Estou a corrigir isso, mais atento nas curvas, mas aqui eram só três. Fiz o melhor possível, sem arriscar demasiado”, disse, repisando o tema marcante.

Moreira provou continuar em forma, tal como António Carvalho e Luís Mendonça, mas a Efapel vai manter no “JN” a estratégia de nada prometer. “Todas as etapas são diferentes, temos de pensar numa de cada vez”, disso o uruguaio, com o diretor-desportivo, Rúben Pereira, a concordar: “Se ganharmos é o ideal, mas a corrida é longa e vamos dia a dia, pois será uma disputa muito grande entre duas equipas. Isto será como uma clássica todos os dias”. Horas depois, a primeira etapa iria dar-lhe razão...

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Mauricio Moreira somou o sétimo triunfo do ano

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