João Sousa com trabalho árduo
A primeira vitória no ATP Challenger Tour desde julho de 2013, aconteceu ontem no Rafa Nadal Open
Foram precisas quase três horas para justificar o favoritismo no regresso a uma realidade fora da caixa a que se habituou e que serve para recuperar o melhor nível nesta fase da carreira
A inevitável descida de João Sousa (149.º mundial) à Liga 2 do ATP Tour teve ontem início e logo com um duríssimo teste na abertura do Rafa Nadal Open, o challenger a decorrer na academia de Manacor, assinalado pelo triunfo em três sets, 6-4, 1-6 e 7-5, sobre o japonês Hiroki Moriya (286.º). “Uma vitória muito sofrida, bastante suada, mas saborosa”, relatou a O JOGO, após um encontro em que quase pagou muito caro o fraco aproveitamento de três de 18 pontos de break! “Foram realmente muitas oportunidades desaproveitadas, mas nunca deixei de acreditar que podia dar a volta”, considerou a propósito da capacidade de superação perante a adversidade – evitou que o adversário fechasse a contenda quando serviu a 4-5, virando para 7-5 – e num circuito challenger em que o pequeno detalhe se pode transformar num grande desafio: “Tenho de estar mentalmente muito forte para aceitar esta nova realidade e joguei a um nível muito bom nos últimos três jogos. Foi isso que fez a diferença”.
“Uma boa vitória ajuda sempre a aumentar a confiança e ainda tenho muito trabalho pela frente para voltar àquilo que quero”, adiantou, antes de defrontar amanhã Roberto Ortega-Olmedo (329.º), o madrileno que foi o rival a quem ganhou, também numa segunda ronda, rumo ao último título no ATP Challenger Tour, há oito anos e um mês, em Guimarães.
Frederico Silva (180.º) estreou-se com uma autoritária vitória, 6-3 e 6-1, face ao australiano Bernard Tomic (264.º), nome sonante que o sucesso prematuro desviou várias vezes do caminho certo.
“Tenho de estar mentalmente muito forte para aceitar esta nova realidade”
João Sousa
149.º do ranking ATP