O Jogo

Joaquim Silva reforçou a liderança

Segunda etapa do Grande Prémio JN foi para a Kelly-Simoldes e Joaquim Silva reforçou a liderança no dia em que os grandes perderam e até um comboio foi protagonis­ta

- CARLOS FLÓRIDO

A ideia de que o Grande Prémio JN seria uma clássica diária confirma-se. Em Válega foi a Oliveirens­e de Henrique Casimiro a fazer a festa e o domínio de W52-FC Porto e Efapel foi colocado em xeque

Joaquim Silva, Henrique Casimiro e António Ferreira, de Tavfer-Mortágua, Kelly-Simoldes e Antarte-Feirense, são até agora os principais protagonis­tas do 30.º Grande Prémio JN. Na lista faltam, e isso é notícia, corredores de W52-FC Porto,opentavenc­edordaprov­a, e Efapel, a equipa com mais triunfos esta época. Ontem, com uma fuga de 20 homens a chegar a Válega – a etapa PortoOvar foi encurtada para 117,2 km e teve nova meta devido a obras – com 4m51s de vantagem para o pelotão, as duas equipas mais fortes perderam pela primeira vez o controlo de uma das maiores corridas do ano.

“Foi uma etapa muito atacada desde início. Já o esperávamo­s, mas ainda ficamos um bocado sem saber o que as outras equipas queriam. Decidi arriscar e, quando a corrida estava partida, arranquei para o grupo que ia à frente”, contou Joaquim Silva, que se manteve de amarelo ao integrar um grupo de 20 ciclistas formado após muitas escaramuça­s. Os fugitivos chegaram a ganhar perto de oito minutos ao pelotão, onde a Efapel ainda atacaria com António Carvalho e Luís Mendonça, seguidos por Ricardo Mestre, da W52-FC Porto, mas a história da corrida estava entregue a outros.

O protagonis­mo chegou a ser da Antarte-Feirense, que teve o jovem António Ferreira a dominar as contagens de montanha, para fugir na última delas e entrar nos últimos 15 km com uma vantagem de 1m20s. Foi então que uma passagem de nível fechada parou a corrida, facto pouco comum nos últimos anos. “Prejudicou-me. Parti com a mesma distância, mas atrás organizara­m-se e apanharam-me a menos de um quilómetro da meta. Parar não soube bem, mas aconteceu. Para mim foi a primeira vez, só conhecia de ver na televisão”, contou o talento dos feirenses.

Com os 20 de novo juntos à entrada de Válega, Henrique Casimiro jogou a cartada. “O objetivo era ganhar uma etapa. Foi muito duro no início, até se formar o grupo. Conhecia bem o final, que não é habitual no ciclismo, sabia onde tinha de fazer a diferença e não hesitei”, disse o alentejano da Kelly-Simoldes, que subiu a segundo da geral e

“Foi uma vitória muito saborosa. Trabalhamo­s com o objetivo de vencer no JN.

Era importante para cimentar o cresciment­o da equipa”

Henrique Casimiro

Kelly-Simoldes-UD Oliveirens­e

agora vai “dar o máximo para chegar à amarela”.

Joaquim Silva também sabe que a cronoescal­ada de hoje, na Senhora da Assunção, o favorece – “A minha equipa está bem e, se conseguir alguma margem em Santo Tirso, poderemos alcançar a vitória final” –, mas o leque de rivais, embora reduzido a 20, gera muitas incógnitas. Além de Casimiro, há Alejandro Marque, Carlos Oyarzún, Ricardo Vilela, André Domingues e Frederico Figueiredo, todos num espaço de 19 segundos, capazes de ambicionar a amarela. Um grupo que foge às previsões iniciais, embora tendo um W52 e dois Efapel.

“Estava sem saber o que as outras equipas queriam, arrisquei e fui para o grupo que estava à frente”

“Vem aí um dia que me favorece e, com a fuga, a corrida ficou reduzida a 20 ciclistas”

Joaquim Silva

Tavfer-Meadinsot-Mortágua

“Comecei por defender a liderança da montanha e depois fugi a pensar na etapa”

“Parar na passagem de nível fechada só conhecia da televisão. Não soube bem, mas aconteceu”

António Ferreira

Antarte-Feirense

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