O Jogo

Outubro é mês de eleições

Rui Costa e toda a direção das águias renunciara­m ontem aos cargos

- VÍTOR RODRIGUES

Olhando, sobretudo, para o mapa das contrataçõ­es e centrando a análise nas épocas de Jesus, o somatório dos gastos ascende a 365,5 milhões de euros do total de 546,5 que a SAD investiu em jogadores

Foi com um salto positivo de 34,5 milhões de euros que a SAD benfiquist­a encerrou as contas da janela de mercado de transferên­cias, tendo investido apenas 24,5 milhões, em claro contraste com os 105 despendido­s na época anterior, que marcou o regresso de Jorge Jesus ao comando técnico das águias. Este é uma clara travagem a fundo que, internamen­te, se justifica pela necessidad­e de equilibrar as contas depois de ter sido batido o recorde de investimen­to do Benfica e do futebol nacionalpa­ramontarum­plantel que falhou todos os objetivos. Entreeles,aentradana­Champions, que resultou num buraco de 40 milhões de euros.

Neste virar de página, agora com a chancela do novo presidente, Rui Costa, a ordem foi contratar menos e vender mais. Na primeira vertente, registou-se o menor volume de gastos em aquisições desde 2017/18 – era Rui Vitória o treinador – e o segundo mais escasso desde que Jorge Jesus entrou no Benfica, em 2009, altura em que, por decisão do presidente Luís Filipe Vieira, a SAD encarnada passou a carregar mais milhões na construção do plantel. Ao longo destes 13 mercados de transferên­cias, os cofres da Luz viram sair 546,5 milhões de euros em contrataçõ­es, dos quais 365,5 foram colocados à disposição do atual treinador.

A travagem também foi percetível no volume de vendas. Muitos foram os jogadores que deixaram o Benfica, sobretudo por empréstimo, mas também se registaram transferên­cias, que geraram um fluxo de 60 milhões de euros. Neste montante incluiu-se o empréstimo com obrigação de compra de Carlos Vinícius, que rendeu de imediato 2,5 milhões e mais 10 no final da cedência de dois anos. Porém, este é o menor montante em vendas desde 2013/14, em contracicl­o com as últimas temporadas. A justificaç­ão tem a ver com a intenção de segurar os ativos adquiridos e validados anteriorme­nte por Jorge Jesus, que não perdeu nenhum titular neste mercado.

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Yaremchuk custou mais de metade do que foi gasto esta época em reforços

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