O Jogo

Centrais de betão e duas setas a incomodar

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Mais de hora e meia a resistir e, depois, um tal de CR7 a estragar a noite. Foi isso que devem ter pensado os irlandeses, depois de muito suor e aplicação, sempre a darem, literalmen­te, o corpo às balas. Tal como o selecionad­or Stephen Kenny anunciara, houve tempo e espaço para, de quando em vez, ameaçarem no ataque. Não chegou, mas saíram de cabeça erguida.

Defesa Duffy, O’Shea (depois Omobamidel­e) e Egan constituír­am a muralha de betão que impediu que mais de uma mão cheia de remates dos lusos chegassem a incomodar o guarda-redes Bazunu, que foi o primeiro a dar nas vistas, quando defendeu o penálti de Ronaldo. Ainda por cima, Egan teve talento para bater Rui Patrício. Os centrais tiveram ainda a preciosa ajuda de Coleman e Doherty, sempre combativos.

Meio-campo O pecado de Hendrick, que cometeu a grande penalidade, acabou por não ser fatídico para os irlandeses. O próprio Hendrick, aliás, revelar-se-ia uma das boas armas do treinador Kenny para refrear as “descidas” de Bernardo, Bruno e companhia. Cullen e McGrath acompanhar­am-no bem, pelo menos enquanto as forças não faltaram.

Ataque O pequeno e irrequieto Connoly, mais o possante e dinâmico Idah, obrigaram Pepe e seus pares a mais trabalho do que se esperava. Foram sempre duas setas que incomodara­m, sobretudo quando Portugal ficou em desvantage­m. Connoly foi mesmo o mais rematador, algumas vezes com relativo perigo, quase sempre partindo da esquerda para zonas interiores.

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