Fernando Santos “Justíssimo pelo trabalho dos jogadores”
Selecionador elogiou o desempenho da equipa e apenas não gostou da exibição dos 25 minutos até ao intervalo, reconhecendo mérito à República da Irlanda no golo marcado
Entradas de João Mário e Moutinho foram decisivas para a reviravolta. E, claro, a inspiração de Cristiano Ronaldo, que começou a segunda parte na esquerda mas acabou a brilhar no eixo do ataque
Apesar das dificuldades, Portugal conseguiu “uma vitoria justíssima”, segundo Fernando Santos, selecionador nacional, que gostou dos primeiros 20 minutos. “A equipa entrou bem, tivemos um penálti, uma bola no poste, fizemos uma circulação correta, procurámos jogar entre linhas e ganhámos as segundas bolas com alguma facilidade, e o Palhinha esteve muitobemnesseaspeto,obrigando o adversário a chutar a bola na frente”, sublinhou o técnico português, reconhecendo que “a partir dos 25 minutos, a equipa perdeu a capacidade de reação à perda”. “O adversário começou a conseguir colocar longe e a criar alguns problemas, numa altura em que o Pepe teve um pequeno problema e ficámos na indecisão se saía ou não. Permitimos que o adversário começasse a jogar e fez um golo de bola parada, numa jogada que nós conhecíamos, mas houve mérito deles”, explicou Fernando Santos.
No início da segunda parte, o técnico nacional pensou que a equipa “podia flanquear melhor, com o Raphael a entrar. Com dificuldades, lancei o Nuno Mendes. Fomos alterando até encontrar uma solução. Nestes jogos, uma das soluções é ter a segunda bola e encostar o adversário”. A estratégia passou também por “partir um bocado o jogo” com a aposta em André Silva e “a colocação de Cristiano mais pela esquerda” e o selecionador frisou que só depois dos 70 minutos, quando Palhinha“acaboueomeio-campo estava com dificuldades”, a equipa melhorou verdadeiramente “com as entradas dos dois Joões” (Mário e Moutinho). ”Tínhamos que correr algum risco, depois lançámos o Guedes e ficámos a jogar praticamente com dois defesas. Tivemos cinco ou seis oportunidades, e os jogadores conseguiram um resultado justíssimo”, afirmou Fernando Santos.
Confrontado com o contributo decisivo de Cristiano Ronaldo, o selecionador lembrou que o capitão de Portugal “sempre foi isto na sua historia”. “Os grandes jogadores são assim. Perguntei uma vez ao treinador Jimmy Hagan porque é que o Eusébio não saía quando não estava a jogar bem. E ele dizia: e depois. quando for preciso, onde está o Eusébio? Os grandes jogadores podem não estar tão bem, mas, depois, aparecem com tudo e resolvem jogos”, recordou, mostrando-se “compreensivo” pelo cartão amarelo que impede Cristiano de alinhar no próximo jogo.
“Tínhamos que correr algum risco, depois lançámos o Guedes e ficámos a jogar praticamente com dois defesas”
“Os grandes jogadores podem não estar tão bem, mas, depois, aparecem com tudo e resolvem jogos”
“Permitimos que o adversário começasse a jogar e fez um golo de bola parada, numa jogada que nós conhecíamos”
“A equipa entrou bem, tivemos um penálti, uma bola no poste e fizemos uma circulação de bola correta”