O Jogo

CRISTIANO É O MÁXIMO GOLEADOR DA HISTÓRIA

Capitão de Portugal leva agora mais dois golos do que o iraniano Ali Daei, num jogo em que falhou um penálti, mas em que apareceu a resolver ao soar do gongo

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

CR7 chegou ao 111º remate certeiro pela equipa das “Quinas” e manteve-a na rota do Mundial de 2022. Bater o recorde de internacio­nalizações de todo o mundo é a meta seguinte. Já “só” faltam 16 jogos

A noite em que igualou Sérgio Ramos como o jogador europeu com mais jogos feitos pela respetiva seleção (180) acabou como Cristiano Ronaldo há muito sonhava. Quando tudo parecia perdido, depois de ainda na primeira parte ter desperdiça­do o sétimo penálti em 21 batidos pela equipa das “Quinas”, o capitão português apareceu a bisar nos últimos minutos do encontro para ascender, a solo, ao trono de melhor marcador da história mundial de seleções. CR7 soma agora 111 remates certeiros, mais dois do que o histórico Ali Daei, do Irão. “Este recorde é meu e é único. Faltava-me um golo, fiz dois e estou extremamen­te feliz. É mais um para o museu”, afirmou o internacio­nal luso, que aponta já a outra marca, a de jogador com mais internacio­nalizações em todo o mundo, na posse de Soh Chin Ann, que alinhou 195 vezes pela Malásia.

Como tantas vezes no passado, Cristiano Ronaldo voltou a vestir a capa de superherói e apareceu a salvar a Seleção Nacional de uma derrota que, aos 89 minutos, parecia certa contra a República da Irlanda. “Eu acreditava [na vitória] e foi por isso que a dez minutos do fim pedi o apoio do público. A jogar em casa, quando nós, jogadores, não estamos a correspond­er, a ajuda do público é fundamenta­l e deu-nos força. Estou contente por ter marcado dois golos que deram a vitória e o recorde, mas o importante foi a equipa acreditar até ao fim”, sublinhou o atacante, que explica a capacidade para ser decisivo aos 36 anos com “a motivação e a vontade de continuar a jogar futebol”. “Também fiquei muito feliz com este último contrato que fiz [com o Manchester United] e por voltar a casa. Mas é a motivação de nos levantarmo­s todos os dias com a ambição de fazer melhor, de alegrar os adeptos, a nossa família e os nossos filhos”, acrescento­u.

Cristiano assinou por duas temporadas pelo Manchester United, decisão que o deixou “muito feliz”. “É voltar a casa, a um clube que sempre me acarinhou, para o qual fui com 18 anos e vai ser bom.

Tenho mais alguns anos de carreira e ainda quero brilhar naquele que, a meu ver, é o melhor futebol do mundo na atualidade”, indicou CR7, determinad­o em ser um exemplo para os quatro filhos. “O Cristianin­ho, o mais velho, já entende tudo e sofre como eu. Mas é bom, porque vão crescendo a ver o pai a fazer golos, a dar espetáculo e a ganhar títulos, concluiu o atacante, que viu o amarelo nos festejos do 2-1 e, assim, vai cumprir castigo no particular com o Catar.

“Estou contente por ter marcado dois golos que deram a vitória e o recorde (...) Tenho mais alguns anos de carreira e ainda quero brilhar” Ronaldo Capitão da Seleção Nacional

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Ronaldo felicitado por Fernando Gomes

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