Tão bom... e tão curto
João Henriques e Ivo Vieira continuam com vida difícil, mas ambos fizeram tudo o que lhes era possível para vencer, com Moreirense e Famalicão a alternarem no domínio da partida
Ficou um indisfarçável sabor a pouco nas equipas que tanto e tão bem lutaram por um resultado melhor, na tarde em que o francês Simon Banza se apresentou ao campeonato com dois golos
O Moreirense e o Famalicão asseguraram, ontem, um pontinho, curto para resumir um bom espectáculo e para atenuar a ansiedade de equipas que continuam sem vencer na Liga Bwin. Num jogo intenso, vivo e muito disputado, o empate acaba por se justificar, apesar das diferentes dinâmicasapresentadaspelasequipas, os famalicenses com uma ideia de jogo mais atrativa, com um futebol mais ligado e retalhado, e os locais a valerem-se, sobretudo, de um bom espírito competitivo, da consistência defensiva e a apostarem em rápidas transições ofensivas. O Moreirense, que se apresentou num 4x3x3, ao invés do habitual 3x4x3, entrou bem no jogo e rapidamente chegou à vantagem, na sequência de um penálti de Riccieli sobre Pires, que Rafael Martins transformou no 1-0. O Famalicão, que até tinha entrado a tentar impor a sua vontade,nãoesmoreceu,reagiude forma positiva à desvantagem e conseguiu, cerca de dez minutos depois, repor o empate, com Simon Banza a aproveitar uma atrapalhação de Artur Jorge quando procurava tirar a bola da pequena área. Apesar do ligeiro ascendente dos forasteiros, em parte resultante das estratégias e, também, das características próprias de alguns jogadores, o cariz do confronto manteve-se inalterável, sobretudo na entrega dos atletas. Ainda antes do intervalo, após canto de Pires, Rafael Martins cabeceou à barra, enquanto, do outro lado Ivo Rodrigues, em excelente posição, atirou por cima. No reatamento, o estreante Simon Banzacorrespondeuaumbom cruzamento de Diogo Figueiras e operou a reviravolta no marcador. A vantagem do Famalicão não se limitou ao resultado, mas pouco depois, com as alterações efetuadas pelos treinadores, ficou a sensação de que João Henriques foi mais feliz nas trocas que, em conjunto com a mudança do 4x3x3 para o 4x4x2, elevaram a capacidade de reação. O golo de André Luis reflete a alteração de paradigma. Ambas as equipas tentaram desfazer a igualdade, deu mais Moreirense na fase final, mas Marcos Paulo, antes, e Walterson, nessa fase de assédio, não foram além das ameaças.