O Jogo

NOVO RECORDE MÍNIMO BATIDO NA FINALIZAÇíO

Equipa comandada por Carvalhal esteve irreconhec­ível em Paços de Ferreira, rematando quase metade do que fazia em média por jogo até à última jornada

- PEDRO ROCHA

Poder de fogo do Braga, mesmo com mais posse de bola, foi inferior ao do Paços de Ferreira na partida disputada no Estádio Capital do Móvel. Apenas Mario González foi além de um remate

O Braga afastou-se como nunca da sua melhor versão, em termos de voracidade na finalizaçã­o, no jogo com o Paços de Ferreira, da última jornada. Apesar de ter tido mais posse de bola (57%), a equipa denotou sérias dificuldad­es na conclusão dos lances ofensivos que foi construind­o e colecionou apenas oito remates (dois à baliza), enquanto os castores chegaram aos 14 (três enquadrado­s). Desde o começo do campeonato, foi o menor número de disparos somados pelosbraca­rensesnumj­ogo,quase metade da média de 15,5 por desafio que tinham até à jornada anterior, com seis golos acumulados diante de Marítimo (dois), Sporting (um) e Moreirense (três). Com esta redução do poder de fogo, o Braga (agora com uma média de 14) deixou de ser a equipa mais rematadora da competição, passando a liderança neste ranking para o Benfica, com 15,2 disparos por jogo.

Como reflexo desse retrocesso, em conjugação com um Paços de Ferreira competitiv­o a toda a linha, como havia estimado o técnico Carlos Carvalhal

na véspera, o Braga empatou pela segunda vez consecutiv­a sem golos, mas fazendo muito menos para evitar semelhante desfecho em relação ao dérbi minhoto, diante do Vitória de Guimarães, da ronda anterior. Nessa partida disputada na Pedreira, tentou alvejar com sucesso a baliza contrária em 19 ocasiões, conseguind­o então seis disparos enquadrado­s, com dois, desferidos por André Horta e Mario González, a acabarem no poste e na barra, respetivam­ente.

Esse foi até dos jogos em que o Braga mais disparou, tendose verificado melhor somente na receção ao Sporting pelo número elevado de remates enquadrado­s (oito em 16 tentativas), num encontro em que os leões levaram a melhor precisamen­te pela eficácia elevada (1-2). Já frente ao Moreirense, o jogo em que marcaram mais golos (três), acabando por vencer por 2-3, fora de casa, os arsenalist­as ficaramse por 15 remates (sete à baliza), depois de na primeira jornada terem batido o Marítimo na Madeira por 0-2, num jogo em que acumularam 12 disparos (cinco à baliza). De volta ao jogo com o Paços de Ferreira, foi ainda curioso verificar que André Horta, Ricardo Horta e Fábio Martins, os mais rematadore­s do Braga (cada um com um acumulado de nove remates na Liga Bwin), revelaram-se muito discretos, em contraste, ainda que por uma margem pouco significat­iva, com o espanhol Mario González, que, em dois disparos, também foi pouco feliz. Com Carlos Carvalhal ao comando do Braga, pior do que o atual jejum de dois jogos seguidos sem golos só mesmo o que se verificou na época anterior, entre a 29.ª e a 30.ª jornada, marcadas por derrotas frente ao Sporting (0-1, em casa) e Marítimo (1-0, na Madeira). O desafio que agora se levanta é evitar que se prolongue, estando este marcado para quinta-feira, diante do Estrela Vermelha, na primeira jornada do grupo F da Liga Europa.

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