O Jogo

JORGE BRAZ

“Não me deixam chegar cedo a casa”

- FILIPA MESQUITA JOÃO MAIA

Campeão europeu da modalidade, Portugal estreia-se hoje (18H00, RTP 1) com a Tailândia no Mundial de futsal. Jorge Braz revelou que a família já avisou que só o quer de volta após a final

O selecionad­or nacional garante que nunca ter duvidado da presença de Ricardinho e mostra-se agradado com a “irreverênc­ia” deste grupo.

Depois de mais de um mês de estágio, a equipa está em ponto de rebuçado para a fase de grupos?

—Estamos onde queríamos estar, do meu ponto de vista. Terminamos as quatro semanasmui­tobem.Hásempreco­isas para melhorar. Todos os dias são uma oportunida­de

importante para evoluir.

Dezanove golos marcados e onze sofridos em sete amigáveis indicam uma equipa não muito concretiza­dora, porém defensivam­ente assertiva. Estes indicadore­s devem ser tidos em conta?

—Fomos melhorando e evoluindo, que era o que pretendíam­os. O resultado em si é sempre um indicador avaliativo, mas não nos desviamos de testar, de dar oportunida­de a todos e de proporcion­ar experiênci­as e sensações que achamos que eles vão viver agora no Mundial.

Ser o campeão europeu dá uma motivação adicional?

—É uma responsabi­lidade, nós sabemos disso. O passado não nos traz nada para o presente. O passado e o facto de termos esse título, alertou foi muitosdosn­ossosadver­sários. Mais atentos, mais motivados para nos vencer e isso traz-lhes mais confiança.

Rússia, Brasil, Argentina, Espanha e Portugal. É deste lote de favoritos que sairá o campeão mundial?

—Tendencial­mente será por aí. Temos um Irão que é fortíssimo,quetemumac­apacidade de jogar seja contra quem for. Eliminou o Brasil no último Mundial e venceu a medalha de bronze frente a Portugal. Tenho a certeza que ali pelo meio haverá várias surpresas.

Quais são as diferenças entre este grupo e a equipa campeã europeia?

—Do ponto de vista comportame­ntal, as coisas têm sido muito semelhante­s nestas últimas épocas. No ponto de vista destes 16, temos gente muito jovem, muito irreverent­e e com enorme qualidade. Essa irreverênc­ia pode ser muito importante em vários momentos, e temos também gente com enorme experiênci­a que sabe muito bem o que é preciso. A principal diferença, é a variabilid­ade de competênci­as entre vários jogadores, como o Afonso, o Paçó e o Zicky,

que me atrai muito pela nossa forma de jogar e pela nossa forma de ser como equipa.

Como está o Ricardinho? Temeu não poder contar com ele

—O Ricardo quando se dedica a trabalhar em busca de um objetivo, raramente falha.

Tem sido esse o percurso dele, mas sabia que ele ia lá chegar e confirmou-se. A maioria dos objetivos que queremos conquistar depende de nós, e o Ricardo por tudo o que tem feito no futsal, tem-no conseguido por esta obsessão e capacidade de se dedicar ao objetivo. Ele queria muito estar no Mundial e está aqui. Na minha opinião, vai apresentar-se num patamar idêntico ao que já esteve.

A sua família esteve apareceu de surpresa na final do Europeu. Desta vez, vão estar na final do Mundial?

—Fui proibido de entrar em casa antes do dia 4 de outubro. Portanto, já me disseram que se vier mais cedo não posso ir para casa. Quero tentar que isso não aconteça, só para não ter a porta fechada.

“O Ricardinho quando se dedica a trabalhar em busca de um objetivo raramente falha. Vai estar a um patamar idêntico ao que já esteve”

Jorge Braz Selecionad­or nacional de futsal

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