O Jogo

Análise: próximo desafio de Diogo Costa é a liderança

O JOGO revela-lhe o programa elaborado pelo FC Porto que permitiu ao colombiano brilhar em Alvalade. Segredo foi o sono e a alimentaçã­o

- CARLOS GOUVEIA

O extremo, tal como Uribe e Corona, foi avaliado pela equipa técnica e pelo departamen­to de saúde e só depois se decidiu a utilização. Clube monitorizo­u as viagens e até enviou o plano alimentar

Foram 90 minutos e um golo pela seleção, meio dia dentro de aviões e mais algumas horas a descansar até ser titular e oferecer, num lance de assinatura, um ponto ao FC Porto no clássico de Alvalade. Luis Díaz arrancou a época em grande e nem os muitos quilómetro­s – e minutos - que acumulou o impediram de voltar a ser decisivo: dois golos em dois dias, com um intervalo de 44h30. Não é para todos. O JOGO conta-lhe como é que o extremo, mas também Corona e Uribe, foram “embalados” - porque o sono foi decisivo - para o clássico.

tO segredo foi o descanso e a alimentaçã­o, mas também, como Pepe sublinhou, o profission­alismo e a vontade de ajudar a equipa. Houve um planeament­o especial, coordenado entre o departamen­to médico e técnico do clube que levou o FC Porto a acompanhar ao pormenor a presença dos três internacio­nais nas seleções. As viagens foram monitoriza­das, foram enviados planos de alimentaçã­o e programada­s as horas de sono (no avião e no hotel para diluir os efeitos do fuso horário) e de descanso dos três internacio­nais de forma a que estes, ao contrário de todas as previsões - e até do que seria aconselháv­el em alta competição -, fossem titulares no clássico menos de 48 horas depois, no caso dos colombiano­s, de terem jogado pela seleção. Conceição arriscou, mas só depois de os três jogadores terem sido avaliados pela equipa técnica e pelo departamen­to de saúde nos diferentes vetores para perceberem em que estado estavam ao nível da fadiga física, mas também mental, depois de terem estado em ação e feito uma viagem transatlân­tica.

No sábado, dia do clássico, além da referida avaliação, os três internacio­nais passaram a maior parte do tempo nos respetivos quartos a descansar, tendo saído apenas para as refeições, para as habituais reuniões com os elementos da equipa técnica (em que foram dadas as últimas indicações táticas para o clássico), e para fazerem gelo de forma a recuperare­m melhor os músculos. O contacto com a bola só voltou a ser feito já no relvado de Alvalade durante o aqueciment­o.

Porém, tudo começou nos ares. Corona atravessou o Atlântico em aviões comerciais e podia ter chegado à Invicta a tempo de participar no último treino, mas o clube optou por privilegia­r o descanso e poupá-lo de uma nova viagem, agora de autocarro, até à capital. Por isso, Tecatito seguiu direto para Lisboa e foi mesmo o primeiro da comitiva a entrar em estágio. Os últimos, já perto da meia noite de sexta, foram Luis Díaz e Uribe. Os dois colombiano­s viajaram num voo privado desde Barranquil­la até Paris, onde apanharam um voo regular para o aeroporto Humberto Delgado.

Além do descanso, a alimentaçã­o foi o outro elemento fundamenta­l para os jogadores se apresentar­em nas condições necessária­s para irem a jogo. O nutricioni­sta do FC Porto preparou um plano que foi enviado aos jogadores com o que deviam ingerir durante as viagens e até nas escalas que efetuaram.

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