“Fui criticado, mas os resultados estão à vista”
Advogado nunca deixou de exercer a profissão, que concilia com o futebol. Intermediou as negociações para a entrada da Seca Inc., o investidor do Vizela, e depois assumiu a presidência
Empresa de Hong Kong comprou a SAD em 2017 e convidou Diogo Godinho para a liderar.
O que ficará faltar fazer no estádio, depois destas obras de remodelação?
—Há sempre obra para fazer. Já renovámos os balneários, reforçámos a iluminação, entre outras coisas, mas falta sempre algo. Gostávamos de fazer um ginásio maior, um campo de treinos de onze de relvado natural com as dimensões regulamentares... todos os anos aparecem coisas para fazer.
Apesar de a SECA inc. ser uma empresa estrangeira, o facto de a administração ser portuguesa cria uma imagem de confiança nos adeptos?
—A imagem vive de resultados. Se ganharmos somos bestiais, senão somos, passo a expressão, umas bestas. No entanto, temos passado sucessivos sinais de credibilidade e transparência. Fui muitas vezes criticado quando as coisas não correram bem, mas trabalhei e os resultados estão à vista.
Como veio parar ao futebol?
—Sou advogado e por via da minha profissão, mas também por trabalhar na área do direito desportivo, tive um cliente, a SECA inc., que me mandatou para procurar um clube em Portugal onde pudessem crescer à medida deles. Identifiquei o Vizela, tivemos uma negociação algo longa, porque coincidiu com a subida do clube à II Liga, e em março de 2017 entrámos oficialmente na SAD.
Mas tinha esse objetivo de ser dirigente desportivo?
—Não, nunca me tinha passado pela cabeça. No entanto, depois de ter feito esse trabalho para a SECA inc., eles endereçaram-me o convite de presidir à SAD. Aceitei, mas com a condição de escolher a minha administração, porque isto é um cargo de muita responsabilidade. Convidei um vice-presidente [Gonçalo Moreira] ligado à gestão, um dos meus melhores amigos, e viemos à luta. Continuei a conciliar com a advocacia, muitas vezes em prejuízo da família, porque o tempo não estica.