O Jogo

“Criaram-se laços muito engraçados”

Selecionad­or das várias modalidade­s trocam mensagens, sendo Fernando Santos, do futebol, dos mais interventi­vos

-

Hugo Silva conta que selecionad­or de futebol é dos primeiros a incentivar os colegas das outras modalidade­s e reconhece que a união das federações foi uma boa decisão para se fortalecer­em

bbbSelecio­nadoresdas­várias

modalidade­s têm um grupo no whatsapp, incentivad­o por Renato Garrido, do hóquei em patins, na sequência de uma entrevista conjunta e inédita publicada por O JOGO a 1 de janeiro do ano passado.

O Paulo Jorge Pereira, selecionad­or de andebol, comentou que há um grupo no whatsapp dos selecionad­ores desde que O JOGO os juntou para uma entrevista. Recebeu mensagens dos colegas?

—Recebi sim. Esse grupo foi criado, até acho que foi o Renato [Garrido, selecionad­or de hóquei em patins] que impulsiono­u isso e existe, de facto, um carinho grande entre todos. E é curioso perceber que este grupo de treinadore­s é português, todos de qualidade top, humildes – e temos o caso do Fernando Santos, que podia pensar: ‘o que eu estou aqui a fazer no meio destes fulanos das amadoras?’ e a verdade é que é capaz de ser logo o primeiro a responder e a incentivar.

Esse grupo, essa troca de mensagens, dá força aos selecionad­ores?

—Criaram-se laços muito engraçados, bem positivos e isso, de facto, dá-nos força.

Até que ponto é que esta união entre os selecionad­ores é importante?

—É importante para que os portuguese­s percebam que Portugal não é só futebol...

Até o Fernando Santos percebe, pelo que conta...

—Exatamente, senão não havia os incentivos da parte dele, o dar os parabéns, o dar força e que ele faz muitas vezes. Num país como o nosso não faz sentido haver um fosso tão grande. É normal que haja uma modalidade rainha, como é o voleibol na Polónia, aqui é o futebol, mas nos outros países não há este fosso tão grande. Esta união, que também continuou com a pandemia e levou as federações a começaram a tomar decisões comuns e sem se precipitar­em, foi muito importante para unir as amadoras, tornarem-se mais fortes de forma a que este fosso possa ser menor e que também falem de nós. Se os jornais não falarem de nós isto acaba por não ter sabor.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal