“O CdP preparou-nos para a I Liga”
Diogo Godinho, presidente do Vizela, em exclusivo a O JOGO
Diogo Godinho levou o Vizela do Campeonato de Portugal até à elite. Diz que oclubeéasua“v ida” e sonha com uma competição europeia daqui a cinco anos. Por agora, o objetivo éaconso lidação na I Liga No dia em que o clube faz o primeiro jogo de I Liga da sua história no concelho [na anterior passagem jogaram em Guimarães, ver página 31], o líder da SAD concedeu a O JOGO uma entrevista exclusiva, na qual abordou o presente e o futuro dos minhotos.
Este início de época está dentro das expectativas?
—O calendário ditou um início complicado. Já fomos a Alvalade e a Guimarães, tivemos alguns resultados menos positivos, nomeadamente esses dois [derrotas por 3-0 e 4-0], mas estou satisfeito com este início. Está a ser positivo.
Quando começou a acreditar que a subida à Liga Bwin era possível?
—Internamente, tínhamos esse sonho e desejo, ainda que plenamente conscientes das dificuldades. Importa dizer que o sucesso do Vizela deve se a todas as pessoas que cá trabalham, do roupeiro a ofisio terapeuta, do treinadora o presidente. A partir de janeiro/ fevereiro, comecei a acreditar que podia mesmo acontecer.
Dormiu pior nas últimas jornadas?
—Fiquei algo ansioso, mais no sentido de à segunda ou terçafeira pensar que nunca mais chegava o fim de semana.
Aquele jogo em Penafiel, na 33.ª Jornada, onde ganharam por 2-1, com um golo aos 86’, foi o que mais o fez sofrer?
—Foi ‘o jogo’ e o momento mais marcante. Quando saí do estádio, pensei que a subida ia mesmo acontecer. Nunca mais me vou esquecer do golo do Marcos Paulo.
Com o passar dos anos criou em si um adepto do Vizela?
—Sou completamente apaixonado por este clube. Vivo-o intensamente, pensono Vizela acordado e a dormir, e não há dúvida: isto é a minha vida.
Foi difícil segurar o Álvaro Pacheco?
—OÁlvaro tinha mais um ano de contrato. Tivemos várias
abordagens, é verdade, mas estava descansado e acabei por oferecer-lhe outro ano de contrato para assegurar que o Álvaro ficava mais uma época. Sabemos que os treinadores não são eternos, mas queremos que ele fique mais algumas temporadas.
Se as coisas correrem muito mal esta época, teria coragem de antecipar o fim desse acordo com o Álvaro?
—É muito fácil em Portugal despedir devido aos maus resultados. O Vizela, já com o Álvaro Pacheco, passou por períodos menos positivos e talvez noutros clubes, fruto dessa tendência de despedir com bastante facilidade, se calhar tê-lo-ia feito. Mas não trabalhamos
“Penso no Vizela acordado e a dormir, e não há dúvida: isto é a minha vida”
“Tivemos várias abordagens pelo Álvaro Pacheco. Sabemos que os treinadores não são eternos, mas queremos que ele fique mais umas temporadas”
“Queremos, acima de tudo, consolidar o Vizela na Liga Bwin. Daqui a cinco anos gostava de estar a disputar uma Conference League”
dessa forma.
Onde vê o Vizela daqui a cinco anos?
—Há uma diferença entre o sonhar e o ver. Gostar, gostava de ser uma referência e estar a disputa ruma Conference League. On devamos estar, não sei, mas esperamos ver o clube consolidado na Liga Bwin.
Salvo as devidas comparações, olham para um Paços de Ferreira como um modelo?
—É uma boa comparação e uma boa referência. Queremos sempre mais, estamos na Liga Bwin e queremos consolidar, primeiro e acima de tudo, e depois pensar cada vez mais alto e tentar chegar lá em cima.
O Paços de Ferreira é para o Vizela uma “boa comparação e referência” de sucesso no futebol português