Mudança ao ritmo de Sauer
Em jogo de estreias nas duas equipas, o brinde saiu aos axadrezados, mercê de duas substituições ao intervalo que atordoaram os pacenses. Eustáquio foi expulso aos 90 minutos
•••O Boavista começou
bbb com o pé direito a fase de grupos da Taça da Liga, mas teve de reagir ao golo de João Pedro, que levou o Paços de Ferreira a exceder-se na confiança. Olhando ao que os pacenses fizeram logo a abrir o jogo, percebem-se as razões para se sentirem à vontade. Rápidos a pensar, os locais abraçaram por completo o jogo, sem deixar o Boavista perceber por onde procurar espaços.
A atitude determinada do Paços de Ferreira foi alimentada por um conjunto de jogadores (só Jorge Silva costuma ser titular) desejosos por mostrar serviço a Jorge Simão. Vekic, na baliza, e Nuno Lima, na defesa, foram duas estreias absolutas na equipa da casa. Douglas Tanque nem saiu do banco, estando prestes a mudar-se para a Arábia Saudita, e a oferta da sua camisola à claque indiciou uma despedida.
No Boavista também houve estreantes: o guarda-redes Alireza, o lateral Filipe Ferreira, Ntep e Vukotic. As coisas, como se disse atrás, não começaram bem para os visitantes, sem capacidade de resposta à vantagem e sem soluções para travar a agilidade dos pacenses. A primeira parte foi difícil para o Boavista, mas João Pedro Sousa foi ao balneário tratar do problema. E resolveu-o com duas substituições fulcrais para a reviravolta. Gustavo Sauer e Kenji Gorré deram um novo fôlego e o Boavista foi para cima do Paços de Ferreira, que se deixou dominar.
A segunda parte virou de dono e, num instante, Yusupha, num salto destemido ao segundo poste, restabeleceu o empate. O Paços de Ferreira ficou confuso e sem reação. Até que Gustavo Sauer, que já vinha a mostrar as garras, ganhou a bola num ressalto e atirou para o 1-2. A reviravolta acontecia e tardou a entrada de Luiz Carlos para repor a ordem no centro do terreno. A expulsão de Eustáquio acabou por não causar grandes prejuízos aos pacenses.
“Inadmissível o que fizemos na primeira parte. Quem joga no Boavista não pode sequer ter cinco minutos assim. Na segunda, fomos competitivos”
João Pedro Sousa
Treinador do Boavista “Primeira parte de grande brilhantismo, provando que neste plantel todos são importantes. Na segunda, o Boavista foi melhor”
Jorge Simão
Treinador do Paços de Ferreira