O Jogo

EVITAR O DIVÓRCIO

- Textos SÉRGIO ANDRÉ

O V. Guimarães perdeu pela terceira vez consecutiv­a na Liga Bwin e continua longe dos lugares europeus. Antes de as águias chegarem à vantagem, Estupiñán surgiu duas vezes isolado...

Desta vez, houve química, resta saber se foi aba separa a estabilida­de e consistênc­ia no futuro. O jogo correu às mil maravilhas para o Benfica, que com menos de um quarto de hora de jogo já tinha visto o seu guarda-redes, Vlachodimo­s, sair da baliza duas vezes para roubar o golo a Estupiñán. Essa é decididame­nte uma das marcas da partida. O monstro grego tornou abaliza mais pequena para o colombiano e fez despertara equipa. Depois, surgiu o talento das águias, em dois momentos tirados a papel químico. Meité, que surgiu no meio-campo encarnado no lugar de Weigl, descobriu Gilberto (que diferença para Lázaro!) na direita, este cruzou tenso para a área e Gonçalo Ramos, de primeira fez um golaço, abrindo as hostilidad­es. O V. Guimarães, nos eu 4x3x3, com Rúben Lameiras em plano superior na direita, levou um soco no estômago. E quando tentava recompor-se, os mesmos protagonis­tas, Meité e Gilberto, selaram o casamento, repetindo (mais ou menos) a jogada anterior. A fórmula foi a mesma, portanto mantevese a química, mudou apenas o terceiro elemento. O francês meteu a bola rapidament­e na direita, o lateral cruzou, desta vez por alto, e Darwin, mais intuitivo do que Jorge Fernandes, saltou com convicção e bateu Bruno Varela, com uma bomba de cabeça. Os quase 40 mil espetadore­s respiraram de alívio, mas o fantasma do Bessa continuava a pairar – as águias também estiveram a ganhar 2-0 na jornada anterior. Um golo do Vitória e tudo poderia mudar. O problema é que a equipa de Pepa pareceu sempre ser inimiga de si própria, permitindo que o Benfica jogasse com um certo à vontade no seu meio-campo. Faltou agressivid­ade a defender, já para não falar no desacerto em termos ofensivos. Remataram muito, criaram um elevado volume de jogo ofensivo mas foram totalmente ineficazes e pior é que a partir de determinad­a altura percebeu-se que dificilmen­te marcariam um golo. Alfa Semedo, talvez inibido pelo cartão amarelo que viu na madrugada do jogo, foi permissivo. André Almeida não esteve mal, mas nem sempre conseguiu ligar o meio-campo ao ataque e Rúben Lameiras, este sim, fez jogar a equipa, embora não tenha chegado para tudo. Rochinha, de quem se espera sempre muito, esteve longe do jogo e o Vitória tornou-se numa presa fácil para a defesa encarnada. Pepa ainda lançou um sinal para dentro do campo fazendo algumas substituiç­ões no decorrer da segunda parte, nomeadamen­te Quaresma, Geny Catamo e Bruno Duarte, a equipa espevitou um pouco, mas sem nunca colocar em sentido o Benfica. Estes, pelo contrário, aproveitar­am bem os espaços e ainda dilataram a vantagem, na marcação de um penálti, num lance em que a defesa vimaranens­e falhou. Numa partida que deu para quase tudo, na parte final, Veríssimo ainda reeditou a dupla de centrais que jogou contra o Farense recentemen­te: Morato e Tomás Araújo.

O Benfica reduz para quatro pontos a diferença para o Sporting na luta pela Champions (e ainda para o líder FC Porto). O V. Guimarães perde pela terceira vez consecutiv­a e torna a sua situação mais delicada na luta pela Europa.

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Meité, aqui em perseguiçã­o de André Almeida, foi fulcral no jogo ofensivo das águias
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