O Jogo

COELHO TIRA RECORDE DOS 200M DA CARTOLA

O velocista do Sporting bateu, no Campeonato de Portugal de pista coberta, por um centésimo de segundo, a marca de Arnaldo Abrantes que resistia desde fevereiro de 2009

- MANUEL PÉREZ

O Expocentro de Pombal transformo­u-se em talismã para João Coelho, que há quatro anos se deu aí a conhecer nos 400m e ontem juntou ao triunfo da véspera nessa especialid­ade uma proeza nos 200.

Volvidos 13 anos e 12 dias desde que Arnaldo Abrantes saiu do Nacional Indoor de Portugal, em Pombal, com o tempo de 21,02s, ao cabo de um magistral desempenho na corrida dos 200 metros, João Coelho tornouse, ontem, o novo recordista nacional numa distância que esteve ausente do programa das últimas três edições deste campeonato. O atleta do Sporting fez 21,01s, menos um centésimo do que o agora médico, que acabou a carreira no Benfica.

“O objetivo era aproveitar esta oportunida­de competitiv­a, porque ainda tenho poucas provas nesta época, e não estava à espera de bater o recorde”, começou por avaliar o ribatejano, após uma prova que encarou “na desportiva”, ciente da maior importânci­a dos 400 metros, para os quais diz “continuar a trabalhar à procura da qualificaç­ão para o Mundial de pista coberta”. Se Coelho ainda procura ir a Belgrado [18 a 20 de março] nos 400 metros, foi nessa distância que casou sensação, também em Pombal, num campeonato de esperanças, em março de 2018. Tinha apenas cinco meses no atletismo e tornouse na altura no segundo melhor de sempre (48,21s), atrás do então recordista nacional, Carlos Silva (47,81s, em 1993).

Nos 800 metros, José Carlos Pinto (Benfica) conquistou o terceiro título consecutiv­o, nos 60m barreiras foi Abdel Larrinaga (Sporting) a

Especialis­ta de 400 metros, João Coelho bateu um recorde com 13 anos nos 200m

Patrícia Mamona (14,12m) esteve perto do seu melhor do ano e já pensa no Mundial sagrar-se bicampeão e no centro do pavilhão foi Tsanko Arnaudov a vencer (19,73m), pela sexta vez, o lançamento do peso, recuperand­o a hegemonia perdida nos últimos três anos para o também benfiquist­a Francisco Belo (19,65m). Arnaudov não tem mínimos para o Mundial e promete “surpresas para o resto da temporada”, estando Belo no limite do apuramento e num dilema: “Se estiver em forma vou ao Mundial, mas uma pessoa ou está bem para ir e vai, ou não está bem e não vai”.

Tiago Pereira (Sporting) estreou-se a vencer (16,13m) o triplo salto, mas “esse não era o objetivo principal”, alertou, visto pretender “chegar aos 16,75m que confirmam a presença em Belgrado”, tendo nova oportunida­de depois de amanhã, em Madrid, e existindo ainda a hipótese de entrar no Mundial pela via do ranking. Por sua vez, Patrícia Mamona somou o nono título nacional indoor (14,12m). Já apurada para o Mundial, assume que “a pressão e as expectativ­as são altas”, lembrando a prata conquistad­a em Tóquio para salientar que “terá de ser como nos Jogos, estar bem e dar o melhor, pois neste momento há muitas atletas com grandes marcas”.

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