O Jogo

O pior que podia ter acontecido era o Gil

Sim, Conceição mudou a estrutura para destrancar o Gil Vicente, mas contou mais que Ricardo Soares encarasse essa mudança no FC Porto como uma oportunida­de, em vez de uma ameaça.

- José Manuel Ribeiro jm.ribeiro@ojogo.pt

S érgio Conceição disse ontem que a expulsão do médio Vítor Carvalho foi o pior que podia ter acontecido ao FC Porto, e é uma tese bastante defensável, mas também podemos dizer, com argumentos igualmente fortes, que o pior que podia ter acontecido ao FC Porto era o Gil Vicente. Se há mandamento­s no futebol, não gastar todo este artigo com o Gil Vicente deve violar um deles. Mais do que o FC Porto ter sido obrigado a mudar a estrutura, depois do vermelho, para tentar esticar o adversário à largura do campo, contou o aproveitam­ento que o Gil fez disso. Bastam três palavras: organizaçã­o, inteligênc­ia e execução. Ninguém viu dez homens radicados na grande área; vimos foi o FC Porto obrigado a ter sempre um olho nas costas e a desgastar-se também para conter conduções de bola exemplares e contraataq­ues sempre com critério. O FC Porto-Gil Vicente foi um jogo de qualidade que nem uma expulsão aos dois minutos conseguiu arruinar, e o mérito, aí, reparte-se por ambos. Conceição escancarou a equipa para atacar e Soares preferiu ver nisso uma oportunida­de, em vez de uma ameaça.

A

FIFA acha que o problema Ucrânia se resolve calando o hino russo e chamando à seleção outra coisa que não Rússia. Em consequênc­ia, muitas vozes, pela Europa fora, consumiram o domingo a chamar outras coisas à FIFA, e bastante mais feias do que Rússia. A decisão é cobarde, política, comprometi­da e expectável, porque a FIFA nunca foi outra coisa se não cobarde, política, comprometi­da e expectável. É uma máquina montada para fazer o emprego do presidente depender de favores e influência­s pessoais. E rigorosame­nte para mais nada de útil.

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