O pior que podia ter acontecido era o Gil
Sim, Conceição mudou a estrutura para destrancar o Gil Vicente, mas contou mais que Ricardo Soares encarasse essa mudança no FC Porto como uma oportunidade, em vez de uma ameaça.
S érgio Conceição disse ontem que a expulsão do médio Vítor Carvalho foi o pior que podia ter acontecido ao FC Porto, e é uma tese bastante defensável, mas também podemos dizer, com argumentos igualmente fortes, que o pior que podia ter acontecido ao FC Porto era o Gil Vicente. Se há mandamentos no futebol, não gastar todo este artigo com o Gil Vicente deve violar um deles. Mais do que o FC Porto ter sido obrigado a mudar a estrutura, depois do vermelho, para tentar esticar o adversário à largura do campo, contou o aproveitamento que o Gil fez disso. Bastam três palavras: organização, inteligência e execução. Ninguém viu dez homens radicados na grande área; vimos foi o FC Porto obrigado a ter sempre um olho nas costas e a desgastar-se também para conter conduções de bola exemplares e contraataques sempre com critério. O FC Porto-Gil Vicente foi um jogo de qualidade que nem uma expulsão aos dois minutos conseguiu arruinar, e o mérito, aí, reparte-se por ambos. Conceição escancarou a equipa para atacar e Soares preferiu ver nisso uma oportunidade, em vez de uma ameaça.
A
FIFA acha que o problema Ucrânia se resolve calando o hino russo e chamando à seleção outra coisa que não Rússia. Em consequência, muitas vozes, pela Europa fora, consumiram o domingo a chamar outras coisas à FIFA, e bastante mais feias do que Rússia. A decisão é cobarde, política, comprometida e expectável, porque a FIFA nunca foi outra coisa se não cobarde, política, comprometida e expectável. É uma máquina montada para fazer o emprego do presidente depender de favores e influências pessoais. E rigorosamente para mais nada de útil.