O Jogo

Veríssimo “O que fica é a resposta da equipa”

O treinador do Benfica gostou de ver as águias darem continuida­de à exibição com o Ajax

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Na análise do técnico ficou o elogio à forma com os encarnados entraram em campo, mas também às dificuldad­es até ao intervalo com as saídas de bola desde a sua baliza, por mérito do Estoril.

Depois de ter eliminado o Ajax na Liga dos Campeões, o Benfica voltou à liga interna dando uma resposta positiva e conseguind­o o objetivo traçado: ganhar ao Estoril e manter a perseguiçã­o ao Sporting, segundo classifica­do. Nélson Veríssimo assumiu que, por vezes, há problemas em relação à chamada mudança de “chip”, mas não desta vez. “É sempre uma questão que se coloca quando as equipas vêm da Champions,ocontextoé­outro e o nível de dificuldad­e também, por isso é natural que haja um desgaste físico e mental na abordagem ao jogo. Lançámos o desafio aos jogadores para se agarrarem ao que fizeram com o Ajax, capitaliza­r a confiança adquirida nesse jogo e não pensarem no que vinha à frente pois o momento mais importante era o jogo com o Estoril. Osjogadore­sestãodepa­rabéns, era um jogo difícil”, referiu o treinador do Benfica.

Já numa análise ao que se viu em campo, Veríssimo assumiu que a primeira parte não foi perfeita para as águias. “Entrámos bem nos primeiros quinze minutos mas, depois, o jogo começou a ser dividido, com o Estoril a ter alguma posse de bola consentida. Na primeira parte tivemos algumas dificuldad­es nas saídas curtas pelo guarda-redes. Quando o passe saía atrasado, o posicionam­ento mais vertical dos nossos médios levou a que o Estoril aproveitas­se alguns espaços ao lado do Julian

[Weigl], nomeadamen­te pelo Geraldes. Mas ao intervalo corrigimos isso e fizemos uma segunda parte muito boa. Só é pena termos sofrido o golo no final mas o que fica é a resposta que a equipa deu após um jogo de dificuldad­e elevada frente ao Ajax”, enalteceu o técnico dos encarnados.

Quanto ao golo de Rafa, que atravessou o campo quase de ponta a ponta para marcar o 1-0, mereceu elogios de Veríssimo: “Tivemos a sensação que tudo podia acontecer. É um golo que vai correr o mundo, foi um golo à Rafa pelas caracterís­ticas que lhe reconhecem­os. Ele interpreto­u muito bem o timing do passe, de um canto defensivo, ocupando o espaço e, depois, foi o Rafa: quando recebe a bola sai em progressão e é muito difícil tirar-lha. Depois, quando sente o adversário a chegar dá um toque, muda de velocidade. Na cara do guarda-redes, teve uma frieza que não está ao alcance de qualquer jogador. Foi um golo muito bom para ele mas acima de tudo para a equipa.” Comentando a paragem da liga devido às seleções, o treinador das águias explicou que os que ficam “têm de descansar pois há jogadores com uma sobrecarga muito grande”, mas também aproveitar­á “para trabalhar as dinâmicas ofensivas e defensivas”.

“[Golo de Rafa?] Tivemos a sensação que tudo podia acontecer. É um golo que vai correr o mundo, foi um golo à Rafa” “Na primeira parte tivemos algumas dificuldad­es nas saída mas ao intervalo corrigimos” “Pausa? Há jogadores com sobrecarga muito grande”

 ?? ?? Everton tenta superar a oposição de João Gamboa perante o olhar de Yaremchuk
Everton tenta superar a oposição de João Gamboa perante o olhar de Yaremchuk

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal