Veríssimo “O que fica é a resposta da equipa”
O treinador do Benfica gostou de ver as águias darem continuidade à exibição com o Ajax
Na análise do técnico ficou o elogio à forma com os encarnados entraram em campo, mas também às dificuldades até ao intervalo com as saídas de bola desde a sua baliza, por mérito do Estoril.
Depois de ter eliminado o Ajax na Liga dos Campeões, o Benfica voltou à liga interna dando uma resposta positiva e conseguindo o objetivo traçado: ganhar ao Estoril e manter a perseguição ao Sporting, segundo classificado. Nélson Veríssimo assumiu que, por vezes, há problemas em relação à chamada mudança de “chip”, mas não desta vez. “É sempre uma questão que se coloca quando as equipas vêm da Champions,ocontextoéoutro e o nível de dificuldade também, por isso é natural que haja um desgaste físico e mental na abordagem ao jogo. Lançámos o desafio aos jogadores para se agarrarem ao que fizeram com o Ajax, capitalizar a confiança adquirida nesse jogo e não pensarem no que vinha à frente pois o momento mais importante era o jogo com o Estoril. Osjogadoresestãodeparabéns, era um jogo difícil”, referiu o treinador do Benfica.
Já numa análise ao que se viu em campo, Veríssimo assumiu que a primeira parte não foi perfeita para as águias. “Entrámos bem nos primeiros quinze minutos mas, depois, o jogo começou a ser dividido, com o Estoril a ter alguma posse de bola consentida. Na primeira parte tivemos algumas dificuldades nas saídas curtas pelo guarda-redes. Quando o passe saía atrasado, o posicionamento mais vertical dos nossos médios levou a que o Estoril aproveitasse alguns espaços ao lado do Julian
[Weigl], nomeadamente pelo Geraldes. Mas ao intervalo corrigimos isso e fizemos uma segunda parte muito boa. Só é pena termos sofrido o golo no final mas o que fica é a resposta que a equipa deu após um jogo de dificuldade elevada frente ao Ajax”, enalteceu o técnico dos encarnados.
Quanto ao golo de Rafa, que atravessou o campo quase de ponta a ponta para marcar o 1-0, mereceu elogios de Veríssimo: “Tivemos a sensação que tudo podia acontecer. É um golo que vai correr o mundo, foi um golo à Rafa pelas características que lhe reconhecemos. Ele interpretou muito bem o timing do passe, de um canto defensivo, ocupando o espaço e, depois, foi o Rafa: quando recebe a bola sai em progressão e é muito difícil tirar-lha. Depois, quando sente o adversário a chegar dá um toque, muda de velocidade. Na cara do guarda-redes, teve uma frieza que não está ao alcance de qualquer jogador. Foi um golo muito bom para ele mas acima de tudo para a equipa.” Comentando a paragem da liga devido às seleções, o treinador das águias explicou que os que ficam “têm de descansar pois há jogadores com uma sobrecarga muito grande”, mas também aproveitará “para trabalhar as dinâmicas ofensivas e defensivas”.
“[Golo de Rafa?] Tivemos a sensação que tudo podia acontecer. É um golo que vai correr o mundo, foi um golo à Rafa” “Na primeira parte tivemos algumas dificuldades nas saída mas ao intervalo corrigimos” “Pausa? Há jogadores com sobrecarga muito grande”