Até dá gosto ver a bola
O Paços de Ferreira venceu e ainda viu dois golos anulados, um por fora-de-jogo e o outro por uma falta no início do contra-ataque de Uilton. Bancadas fizeram a festa
Com este triunfo, o Paços de Ferreira vê a permanência cada vez mais sólida, a sete jornadas do fim do campeonato. Já o Moreirense ficou a com vida mais complicada.
Não, o campeonato ainda não acabou, mas houve festa que poderia enganar qualquer distraído destas coisas da bola. O Paços de Ferreira acrescentou mais três pontos na classificação e pode, agora, seguir em frente com tranquilidade e sem auxílio da máquina de calcular. Os adeptos fizeram fila a pedir uma camisola e houve um forte abraço do presidente Paulo Meneses a César Peixoto, assim que Hélder Malheiro deu o apito final. Um gesto que diz muito nesta fase da prova. Sá Pinto saiu desanimado de um jogo em que protagonizou troca azeda e vernacular de argumentos com adeptos da casa, ao ponto de a GNR ter de intervir para acalmar os ânimos.
Era um momento intenso para a ansiedade do Moreirense, que quer sair do fundo da tabela. Isso notou-se no comportamento do treinador e dos seus jogadores, que davam espaços no centro do terreno à criatividade pacense. Paradoxalmente, a primeira situação de perigo pertenceu aos visitantes, por André Luís. Foi apenas o rastilho para o Paços de Ferreira marcar posição na área contrária. Adrian Butzke fez as honras da casa com um tiro para grande defesa de Pasinato. O espanhol até cumprimentou o guarda-redes pela intervenção.
A bola acabaria por entrar. Mas havia um fora-de-jogo, que anulou o golo de Nuno Santos. O problema resolveu-se logo de seguida por Butzke. 1-0 ao intervalo e a provocar o Moreirense para uma entrada fulgurante na segunda parte. Ao fim de três bombas, a bola voltou a entrar, desta feita para o 1-1 por Yan Matheus.
A emoção disparou em todo o lado. Uilton estava com a corda toda e correu para o 2-1, mas fez falta sobre Walterson no início do contra-ataque. Golo anulado. Dez minutos depois, o brasileiro fez tudo dentro da lei, na recarga a uma ocasião de Gaitán que foi à barra.