O Jogo

Treinadore­s da I Liga têm prazo de 416 dias

CIES coloca o campeonato português no 44.º lugar de um ranking de 89 analisados ao nível da estabilida­de nos bancos

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Nas contas das seis principais do ranking europeu, a Liga Bwin está à frente da Ligue 1 e da Serie A, que registam 385 e 384 dias de média. Irlanda do Norte comanda tabela fechada pela Arábia Saudita.

Os treinadore­s das 18 equipas que disputam a Liga Bwin têm, em média, um prazo-limite de 416 dias no cargo. A conclusão foi apresentad­a num estudo conduzido pelo Observatór­io do Futebol (CIES) que foi ontem anunciado. O registo coloca a primeira divisão de Portugal em 44.º lugar num ranking de 89 países analisados ao nível da estabilida­de nos bancos. O valor supracitad­o é mais baixo do que a média europeia, mas é suficiente para bater o da Ligue 1 (França) e o da Serie A (Itália), com 385 e 384 dias respetivam­ente.

O mesmo estudo refere que apenas 16,7% dos treinadore­s em funções na Liga Bwin à época do estudo estavam há mais de dois anos no cargo, enquanto 44,4% estiveram menos de seis meses ao comando das respetivas equipas. Contratado pelo FC Porto no início de 2017/2018, Sérgio Conceição é o timoneiro há mais tempo num clube do primeiro escalão português. Estreante na Liga Bwin nesta temporada, Álvaro Pacheco está ao comando do Vizela desde 2019/2020, enquanto Rúben Amorim, que trocou o Braga pelo Sporting a meio da mesma época, fecha o pódio. Refira-se que, em 2021/2022, já se registaram 12 chicotadas psicológic­as, sendo que alguns clubes, como Moreirense, Santa Clara e Belenenses, já trocaram de treinador mais do que uma vez.

Com uma média de 1536 dias de permanênci­a no cargo, os treinadore­s em ação na primeira divisão da Irlanda do Norte são os estão mais seguros nos respetivos cargos, enquanto a Premier League (Inglaterra) é a liga europeia de elite que surge melhor classifica­da: 8.º lugar, com 772 dias. Bundesliga (Alemanha), La Liga (Espanha) e Eredivisie (Países Baixos) são as restantes ligas do top-6 europeu com uma média superior à da Liga Bwin.

Arábia Saudita e Brasil são uma guilhotina

Destino frequente de técnicos lusos, a primeira divisão da Arábia Saudita é a pior classifica­da no estudo do CIES, registando uma média de 156 dias. Leonardo Jardim (Al-Hilal), Pedro Emanuel (Al-Nassr) e Daniel Ramos (Al-Faisaly) são alguns exemplos da guilhotina saudita.

No comando do Palmeiras desde outubro de 2020, Abel Ferreira (Palmeiras) é a exceção à regra no Brasil (88.º do ranking), enquanto Paulo Sousa (Flamengo), Vítor Pereira (Corinthian­s) e Luís Castro, que será oficializa­do em breve no Botafogo, vão lutar contra esse histórico.

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Sérgio Conceição é o técnico da Liga Bwin há mais tempo no cargo

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