Carvalhal “Não vamos defender nada, estamos aí para as curvas”
GARANTIA Treinador do Braga promete “jogar para vencer” dentro de uma semana, em Glasgow, e elogia a maturidade tática demonstrada pela sua equipa, a mais jovem da Liga Europa
O Braga podia ter feito “mais um golo” nos 45’ iniciais da primeira mão da eliminatória em que, segundo Carvalhal, parte para a Escócia com a mesma percentagem de favoritismo do rival.
Carlos Carvalhal começou por afirmar que o resultado de ontem “vale uma pequena vantagem”. “Vamos a Glasgow para tentar vencer. Estamos no intervalo de uma eliminatória, não vamos defender nada, vamos acima de tudo discutir o jogo e tentar vencer”, prometeu o treinador do Braga. Numa leitura detalhada do jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga Europa, Carvalhal considerou que o Braga “esteve bem na primeira parte”. “Fizemos um golo, estivemos por cima, uma bola ao poste e um golo anulado. Podíamos ter conseguido um segundo golo, contra um Rangers que não fez nenhum remate enquadrado à baliza. Tiveram posse de bola na sua linha defensiva. Queriam, penso eu, não correr riscos em transição no momento de perder a bola e, por outro lado, tentar-nos atrair para a pressão para ver se tirávamos mais jogadores para depois utilizar a velocidade dos avançados”, analisou, elogiando a forma como os seus jogadores concretizaram a estratégia delineada. “A nossa equipa foi inteligente, soube interpretar o momento da pressão alta e combater aposse de bola, mantendo a equipa com equilíbrio. Somos a equipa mais jovem da competição, mas a dar uma prova de maturidade tática contra uma extremamente experiente, com muitos internacionais. Houve uma evolução muito grande. Estamos aí para as curvas”, sublinhou.
Em relação à percentagem de favoritismo, o técnico dos minhotos defendeu que “continua nos 50 por cento”. “Diria que seria 51-49 porque os adeptos deles estarão em esmagadora maioria, até porque não há muitos bilhetes para o clube visitante, mas, tendo em conta que temos um golo de vantagem, está nos 50 para cada equipa.”
A situação de Al Musrati, que esteve em jejum até aos primeiros minutos do jogo, por estar a cumprir o Ramadão, foi observada por Carvalhal como “uma situação recorrente no mundo inteiro”. “Os jogadores muçulmanos respeitam o Ramadão. Ontem [anteontem], o jogador do Villarreal que marcou [Danjuma fez o golo no 1-0 sobre o Bayern, para a Champions] estava também em jejum. Infelizmente, o Musrati só consegue comer a partir das 20h06. Entrámos neste processo desde o jogo com o Benfica, a dar-lhe o descanso que ele necessita e ao mesmo tempo a treinar quando pode treinar. Vamos tentar fazer a melhor gestão até ao fim do mês, que é quando termina o jejum”, explicou.
“Fizemos um golo, estivemos por cima, com uma bola ao poste e um golo ao anulado, pelo que podíamos ter conseguido um segundo golo contra um Rangers que não fez nenhum remate enquadrado à baliza”
“Somos a equipa mais jovem da competição, mas demos uma prova de maturidade tática”
“O Al Musrati só consegue comer a partir das 20h06 [Ramadão]. Vamos tentar fazer a melhor gestão até ao fim do mês, que é quando termina o jejum”