OLIVEIRA É O MAIS LENTO
Português sentiu problemas nas travagens e vai ter de mudar quase tudo para a qualificação do Grande Prémio das Américas. Subir de 24.º para os dez primeiros será tarefa árdua
Em busca de um bom resultado antes do Grande Prémio de Portugal, o almadense não poderia ter entrado pior em Austin, onde a Ducati impõe a velocidade de ponta e a KTM está em dificuldades.
“Estamos a ter dificuldades a travar e a entrar nas curvas”, lamentou Miguel Oliveira em Austin, no Texas, onde se deparou com uma situação única na sua brilhante carreira de quatro anos no MotoGP: foi o último no final do primeiro dia de treinos livres, a 2,8 segundos de Johann Zarco, mais rápido com uma Ducati da Pramac.
A KTM foi de longe a mais fraca das seis motos em ação no Grande Prémio das Américas, ficando com Brad Binder como melhor, na 13.ª posição, a quase um segundo das Ducati, que colocaram três pilotos nos quatro primeiros lugares. O sul-africano achou a pista “muito melhor” com o novo asfalto e acredita que tendo “grandes técnicos” vai estar bem na qualificação, pois diz ter “claro o que é preciso mudar”.
Diferente é situação de Oliveira,
pela primeira vez superado pelos rookies da KTM, Remy Gardner e Raul Fernandez, em ambos os treinos. Entrando mais rápido do que de manhã, atingiu os 2m05,342s na sua oitava de 15 voltas, o que o deixava na altura em 22.º. Não melhorando, mesmo depois de reentrar com um pneu duro à frente e trocando o médio por um macio atrás, baixou a último.
O problema da sua KTM, considerou o português, “é único”. “O que funcionou o
Miguel Oliveira teve um primeiro dia em Austin para esquecer ano passado não está a funcionar agora. Vamos ter de seguir uma direção diferente”, confessou Oliveira, lamentando o resultado: “Tudo o que tentamos não foi resposta aos nossos problemas”.
Hoje, o português terá o terceiro treino livre para tentar chegar aos dez mais rápidos, caso contrário irá à qualificação dos 14 últimos (20h35). A corrida de amanhã será às 19h00 (Sport TV).