VARELA PROTEGIDO DO FOGO COMO NUNCA
O guarda-redes só teve de efetuar uma defesa frente ao Paços de Ferreira e a equipa colocou um ponto final numa série de 11 jogos a sofrer golos em casa
Sujeito, em média, a 4,7 remates enquadrados por jogo, Bruno Varela contou com um bloco defensivo implacável na receção aos castores. Ex-jogadores Palatsi e Soeiro deixaram de ver “erros individuais”.
A baliza do Vitória de Guimarães revelou-se um alvo quase impossível para o Paços de Ferreira, na última jornada. Apesar de terem tido mais posse de bola, os castores dispuseram, paradoxalmente, de poucos espaços e oportunidades para rematar e o guardaredes Bruno Varela, que, em média, é sujeito a 4,7 remates enquadrados, só teve de esboçar uma defesa em todo o jogo, numa tentativa de longe e sem perigo de Denilson. Os minhotos fecharam, por fim, a porta, depois de terem sofrido golos em 11 partidas consecutivos disputadas no Estádio D. Afonso Henriques, o que abre boas perspetivas para as quatro jornadas que restam.
A torcerem por um apuramento europeu, Palatsi e Soeiro, dois ex-jogadores do Vitória, entendem que a equipa deixou de se colocar a jeito por causa de “erros individuais”. “Isso deve-se muito à maturação dos centrais. Por outro lado, a equipa fica mais equilibrada quando tem o Tiago Silva e o Alfa Semedo no meio-campo. Os laterais, apesar da juventude, também têm vindo a cometer menos erros e, por isso, a equipa está claramente mais sólida”, avaliou Soeiro, que tanto vê vantagens como fragilidades no recuo do trinco Alfa Semedo para a defesa sempre que o adversário ataca. “Por um lado, isso ajuda a reduzir os espaços no acesso à baliza do Vitória; por outro, a equipa fica em inferioridade numérica no meio-campo, como se verificou no último jogo. O Paços não causou mossa, mas dominou. Há margem para melhorar, mas a consistência já é muito boa, fruto de uma certa estabilização em termos de opções, especialmente na defesa”, avaliou o antigo médio.
Já o ex-guarda-redes Palatsi considera que o Vitória ganhou rotinas a “defender como um bloco”. “Deixei de ver maus posicionamentos e más opções tomadas, como aconteceu em Vizela, por exemplo. De resto, a confiança mantém-se. Nunca se foram abaixo em termos de empenho, mas é claro que agora estão mais consistentes. Têm tudo para fazer uma boa ponta final e atingir o quinto lugar”, estimou.
Com o Paços, Varela teve, por fim, um jogo descansado
Numa fase de maior permeabilidade defensiva do Vitória, Bruno Varela atingiu o máximo de oito defesas por jogo, na receção ao Moreirense e na visita ao Gil Vicente. No Dragão, frente ao FC Porto, acumulou sete.