O Jogo

Veríssimo aplicou o modelo Champions

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

O Benfica foi a Alvalade bater o Sporting utilizando a mesma estratégia que lhe permitiu chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões. A rodagem europeia não serve só para cansar os jogadores

Nélson Veríssimo ganhou a aposta a Rúben Amorim. Olhando para o jogo de Alvalade, é fácil perceber que começou a ganhá-la na Liga dos Campeões, nos quatro jogos que fez contra equipas da dimensão do Ajax e do Liverpool, que lhe permitiram ficar a conhecer exatamente quais são as suas principais forças e quais são as suas maiores fraquezas. O dérbi era um dos poucos jogos em que esse modelo Champions podia funcionar na frente interna, onde a maioria dos adversário­s exige outro tipo de soluções a equipas da dimensão dos encarnados. Ontem, o Sporting precisava de ganhar para se manter na corrida pelo título e estava obrigado a assumir a iniciativa, que os encarnados lhe entregaram numa bandeja, preparando-se para suportar a pressão sobre a baliza de Vlachodimo­s e esperando pacienteme­nte pelo momento exato para desferir o golpe (golpes) de misericórd­ia. Não foi exatamente um jogo olhos nos olhos, mas tal como já tinha acontecido com o Ajax, foi um jogo inteligent­e e pragmático que, para o Benfica, vale uma pequena aproximaçã­o ao segundo lugar e, na perspetiva mais otimista, pode abalar as convicções do Sporting para os quatro jogos que restam e onde a luta pelo segundo lugar, lá está, o acesso direto à Champions continua em aberto. A quem o dérbi rendeu, de facto, foi ao FC Porto, que viu o fosso para os leões crescer para nove pontos a quatro jornadas do fim do campeonato. Ontem, Rúben Amorim já assumiu que o título está perdido, mas Sérgio Conceição certamente só cantará vitória quando a matemática o autorizar. Até porque quinta-feira há clássico no Dragão para a Taça e, como o jogo de ontem demonstrou, ninguém ganha de véspera.

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