Benfica repete fórmula João Félix
Vender o melhor jogador da equipa para financiar uma revolução no plantel, no estilo e na filosofia de jogo foi o que o Benfica fez com Félix e se prepara para fazer com Darwin
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Há uma contradição evidente entre o papel de protagonista que Darwin está a desempenhar no Benfica e as notícias que o dão como principal ativo a negociar pelos encarnados no mercado de transferências. As águias precisam de vender para manterem as contas controladas e o uruguaio é o jogador mais desejado pelos tubarões que costumam rondar o mercado português. Mas, depois de três anos de jejum, após uma época tumultuosa, que começou com a detenção de Luís Filipe Vieira, passou pela saída de Jesus e promete terminar com a equipa no terceiro lugar do campeonato, vender o melhor jogador para financiar uma nova revolução de estilos, filosofias e plantéis parece uma decisão decalcada da que levou à venda de João Félix em 2019. E todos sabemos como essa correu.
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O jogo das meias-finais da Taça de Portugal, agendado para depois de amanhã no Dragão, vai colocar frente a frente as duas melhores equipas portuguesas da atualidade. Uma afirmação polémica depois da derrota do Sporting frente ao Benfica no domingo de Páscoa, mas a verdade é que os leões não perderam por serem piores, antes por serem obrigados a demonstrar que são melhores, assumindo as despesas do jogo para acabarem a pagar a fatura nos desequilíbrios defensivos que o Benfica soube explorar. No Dragão, em desvantagem na eliminatória, Rúben Amorim volta a ter de assumir o jogo, mas é difícil imaginar a repetição do que se viu no dérbi de Alvalade. O FC Porto não é o Benfica e não estará disponível para passar 90 minutos encostado à própria baliza a especular com o jogo. Se essa é uma boa ou uma má notícia para o Sporting? Como dizia alguém, prognósticos só no final.