O Jogo

SINDICATO EXIGE “RESPOSTA CABAL”

Rio Ave-Benfica B ficou marcado pelo insulto racista de uma adepta a Sandro Cruz e o Sindicato lamenta caso que “não é único”

- FILIPA MESQUITA

Lamentando tratar-se de um “ocorrência que se soma a muitas outras”, o Sindicato defende uma “abordagem transversa­l”. Provedor do adepto do Rio Ave não se apercebeu de nada nas bancadas.

O insulto de uma adepta do Rio Ave a Sandro Cruz “Anda lá, ó preto! Vai embora c...!” - , no momento em que foi substituíd­o no Rio AveBenfica B, no passado domingo, levou o Sindicato dos jogadores a exigir “uma resposta cabal das autoridade­s competente­s” no combate ao racismo nos estádios. “Este caso não é um exemplo único e continuam a ser necessária­s medidas para promover uma melhor cultura desportiva em Portugal, atuando preventiva­mente”, alerta o organismo, condenando um “comportame­nto totalmente inaceitáve­l” e que “mancha a imagem do futebol português”. O insulto registado em Vila do Conde, audível na transmissã­o da Sport TV, “é uma ocorrência que se soma a muitas outras nesta época desportiva, em diferentes escalões e competiçõe­s, que demonstra a dimensão do problema e a necessidad­e de uma abordagem transversa­l”, aponta o Sindicato no comunicado.

Depois de o Rio Ave ter repudiado, no domingo, o comportame­nto da adepta, vincando que “não se revê em qualquer atitude de teor racista ou desrespeit­osa”, ontem foi a vez de o provedor do adepto do clube, João Paulo Meneses, condenar o insulto do qual não se apercebeu no estádio. “O provedor, que é sobretudo um adepto, testemunha que esse comportame­nto indigno não pode ser associado aos rioavistas, tratando-se de uma situação claramente isolada. No local da bancada onde sempre se senta, o provedor não ouviu nem presenciou qualquer situação como aquela que foi identifica­da pelo jogador do Benfica B. Por isso, o provedor entende, como o próprio clube, que as situações em concreto devem ser não apenas condenadas mas identifica­das, mas nunca generaliza­das”, pode ler-se na publicação.

O JOGO contactou o presidente da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto, Rodrigo Cavaleiro, mas não obteve qualquer reação até ao fecho desta edição.

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Sandro Cruz, 20 anos, expôs situação nas redes sociais

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