Novo ano, nova revolução na Luz
Se em equipa que ganha não se mexe, em equipa que perde não se deixa pedra sobre pedra. O Benfica parte para a nova temporada com mais uma revolução na agenda e sem margem de erro
R istic, Oliveira, Alexander Bah, Quagliata, Ortega, Neres, Ricardo Horta, Musa, Gutiérrez, Sangaré. Os nomes de alvos do Benfica para o reforço da equipa principal têm-se multiplicado ao longo das últimas semanas. Claro que nem todos acabarão por se confirmar mas, considerando que ainda estamos na primeira quinzena de maio, é natural que a lista compilada acima peque por defeito e tenha muito por onde crescer até ao fecho da janela de transferências. De resto, é normal que, nesta fase, o Benfica esteja mais ativo no mercado do que os rivais. Com um treinador novo em folha a chegar, com as préeliminatórias de apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões por disputar e com muito pouco que valha a pena aproveitar do trabalho feito esta temporada é, não apenas natural, mas urgente que os encarnados não deixem para amanhã o que, provavelmente, já deviam ter começado a resolver há algum tempo. Roger Schmidt terá dois meses para integrar as duas mãos cheias de reforços que se perfilam no horizonte, para encontrar entre eles espaço para um ou dois miúdos da Youth League que justifiquem a recuperação do discurso da aposta na formação, para transmitir-lhes a sua revolucionária filosofia de jogo e para montar uma equipa capaz de arrancar para a época de prego a fundo, se não quiser esgotar logo nos primeiros dias de agosto uma boa parte da margem de tolerância de que disporá. A seu favor jogará, sobretudo, a disponibilidade de Rui Costa para lhe satisfazer todas as vontades. Sem os alibis “Vieira” ou “Jesus” que o protegeram esta temporada, o presidente do Benfica não pode dar-se ao luxo de ver o seu primeiro treinador falhar ou queixar-se de que não lhe deram tudo para que pudesse ter sucesso.