Evanilson deixa trutas para trás
Entre os brasileiros que atuam nas principais ligas europeias, só um marcou mais do que o 30 em 21/22
Nomes sonantes como Neymar (PSG) e Gabriel Jesus (Man. City) ficam aquém dos 21 tentos apontadospelo avançado do FC Porto, que, ainda assim, continua de fora das escolhas de Tite no escrete.
Em junho de 2021, quando regressou de férias, Evanilson traçou como meta para a época as duas dezenas de golos pelo FC Porto. Onze meses depois, o resultado está à vista: não só o avançado superou o repto – 21 tentos em 44 jogos – como também se destacou entre compatriotas. De todos os brasileiros que atuam no “top-10” das ligas europeias, só um faturou mais do que o 30 dos dragões em 2021/22.
Arthur Cabral (Fiorentina) é o líder deste ranking de artilheiros, mas a grande fatia dos 29 golos que fez foram anotados longe da elite: 27 em 31 partidas pelo Basileia e apenas dois desde que se mudou para Itália, em janeiro. Como tal, pode dizer-se que “Eva” manteve uma bitola mais constante e num contexto mais exigente, naquele que tem sido o ano de afirmação às ordens de Sérgio Conceição. Prova disso é que nomes de vulto como Gabriel Jesus (13 no Manchester City) e Neymar (12 no PSG) estão no retrovisor do portista. Vinícius Júnior, doReal Madrid, soma os mesmos 21.
Porém, os números de Evanilson parecem não ser suficientes para convencer Tite a dar-lhe uma oportunidade na seleção do Brasil. Como O JOGO noticiou em tempo oportuno, o recém-sagrado campeão está no radar do selecionador, mas este tem optado por nomes já identificados com o ambiente do escrete, como Richarlison e o já mencionado Gabriel Jesus. Após o Mundial e com um novo técnico na canarinha, o atacante dos dragões poderá alimentar o sonho de forma mais sustentada.
De resto, Evanilson pode aproveitar os jogos contra Estoril e Tondela para ampliar o registo da época mais produtiva de sempre como profissional. Para 2022/23 fica traçado, desde logo, um outro objetivo: estrear-se a marcar nas competições europeias, uma vez que, na presente época, “só” fez o gosto ao pé na Liga (14) e na Taça de Portugal (7), onde é um dos dois melhores marcadores.