O Jogo

Feddal despede-se com juras de amor

MUDANÇA Central sairá em junho do clube e mostra-se agradecido pela chance de ganhar os primeiros títulos da carreira em Portugal

- FREDERICO BÁRTOLO

Apenas admitindo que teve menos minutos do que gostaria, o defesa fez elogios a Rúben Amorim, que diz perceber “muito de futebol”. O central não fez o número suficiente de jogos para renovar.

Feddal disse ontem adeus ao Sporting, com uma entrevista aos meios de comunicaçã­o do clube. A nota mais saliente da conversa acabou por ser o agradecime­nto aos leões, sem que tenha demonstrad­o grande ressentime­nto por este ano ter perdido o protagonis­mo jogando 26 vezes na época. “Cheguei aqui e no primeiro ano não senti o apoio dos adeptos porque estávamos em plena pandemia. Este ano não correu tão bem pessoalmen­te, não joguei muito no campeonato, mas há um grande apoio em Alvalade. Os adeptos do Sporting podem fazer diferença num jogo”, explicou à Sporting TV, falando dos poucos minutos em campo, antes de se despedir com emoção: “Gostei muito do país, todos me trataram bem. Vou ter saudades. O Sporting está-me no sangue. Estou muito feliz pelo que fiz aqui, por ter feito parte de uma pequena parte da história de um grande clube. Vou tentar seguir o Sporting sempre e desejo sorte para que seja o melhor clube de Portugal”.

Recorda três momentos difíceis em Alvalade. “Ganhámos a Taça da Liga ao Benfica depois de estarmos a perder. Foi ainda mais bonito ganhar assim. Também me lembro daquele jogo com o Lask Linz [20/21]. Senti que depois daquela eliminação íamos conquistar alguma coisa muito boa e já este ano, quando perdemos com o Ajax, lembro-me de ir ao controlo antidoping e o senhor que o fazia estar muito chateado. Disse-lhe: ‘ainda vamos dar a volta a isto’. E demos”, pormenoriz­a o central de 32 anos, que não tinha conquistad­o títulos antes dos quatro que venceu pelo Sporting: “O primeiro, na Taça da Liga, foi emocional, o último, na Taça da Liga deste ano, também. Vim de equipas de bairro, estive na segunda e terceira divisões espanholas. Foi especial ganhar coisas aqui. Acho que o facto de não conhecer o clube como os jovens ajudou. Quando chegas e começas do zero acreditas que podes vencer tudo. Eu, Antunes e Adán, por exemplo, trouxemos a energia para ganhar tudo”.

Revela ter-se aconselhad­o com Naybet, marroquino e “ídolo” antes de assinar pelo Sporting e a Rúben Amorim só prestou elogios: “Tive um feeling muito bom quando falei com ele pela primeira vez. O míster foi uma inspiração, percebe muito de futebol e fez uma grande química com a equipa, entre jovens e mais velhos”. “

“O míster foi uma inspiração, teve grande química com a equipa. Tive um feeling muito bom quando falei com ele pela primeira vez”

Feddal

Defesa do Sporting

“Estou muito feliz por ter feito parte de uma pequena parte da história de um grande clube”

“O facto de não conhecer o clube ajudou. Quando chegas acreditas que podes vencer tudo”

Feddal Defesa do Sporting

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Feddal fez 26 jogos pelo Sporting este ano, perdendo a titularida­de inequívoca que teve em 20/21

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